Almeida Garrett

Nascido no Porto, em Portugal, no dia 04 de fevereiro de 1799, João Batista da Silva Leitão de Almeida Garrett era de descendência nobre. Segundo filho do selador-mor da Alfândega do Porto, Garret passou a infância na Quinta do Sardão em Oliveira Douro, propriedade de seu avô materno e com apenas 10 anos, passou a viver nos Açores em decorrência da invasão francesa em Portugal, situação em que sua família teve que se refugiar.

Começa, a partir de então, a receber a educação clássica com orientação de Frei Alexandre da Conceição, seu tio que era escritor e Bispo de Angra. Aos 18 anos, começa a estudar Direito na Universidade de Coimbra e se forma no ano de 1821, ano que, inclusive, passa a usar o codinome Almeida Garret. No ano seguinte, casa-se com Luísa Midosi.

Foi considerado o introdutor do Romantismo em Portugal e atuou como, além de escritor, jornalista, advogado e político com ideias liberais que, normalmente, escandalizavam todos a sua volta. Em uma dessas situações, no ano de 1821, a publicação de “O Retrato de Vênus”, foi exilado na Inglaterra, onde aplicou frequentemente as ideias do Romantismo. Lá entrou em contato com novas leituras, como Lord Byron, Walter Scott e Shakespeare, que afloraram o Romantismo.

Quando o país se torna liberal, retorna a Portugal, onde escreve “A Lei das Rolhas”, um conhecido protesto onde exige que os autores possam ter liberdade de imprensa, podendo, portanto, expressar de forma livre os seus pensamentos e inspirações. Viveu ainda na França, regressando em 1826, quando passa a ocupar o cargo de jornalista em dois periódicos: “O Cronista” e “O Português”. Garret ainda foi responsável pela fundação do jornal “Regeneração”, como grande entusiasta das questões políticas que era, mantendo o foco deste exclusivamente para causas políticas relacionadas ao seu país.

Com apenas 55 anos, no dia 9 de dezembro de 1854, Almeida Garret falece vítima de câncer de origem hepática.

Obras

Na literatura, em poesia, escreveu obras como O Retrato de Vênus, de 1821; Camões, de 1825; D. Branca, de 1826; Adozinda, de 1828; Lírica de João Mínimo, de 1829, entre outras. Já para o teatro, Catão, de 1822; Mérope, de 1841; Um auto de Gil Vicente, de 1842; D. Filipa de Vilhena, de 1846; O Alfageme de Santarém, de 1842, entre outros. Na prosa de ficção, têm destaque as obras Arco de Santana, de 1829 e Viagens na Minha Terra, de 1846 em por fim, na prosa doutrinária, destaca-se a obra Da Educação, de 1829.