Período Permiano
O Período Permiano foi considerado o último da Era Paleozoica, vindo depois do chamado Período Carbonífero, entre 299 e 251,9 milhões de anos atrás.
Roderick Murchison foi o geólogo estudioso que criou o nome Permiano, que derivou de uma área repleta de rochas localizada na região oeste da Rússia, chamada de Perm.
O Período Permiano sofreu a seguinte divisão:
- Época Cisuraliana;
- Época Guadalupiana;
- Época Lopingiana.
A ordem de subdivisão apresentada acima caminha da mais antiga para a mais recente. Naquela época, a Pangeia estava formada e a outra área do planeta era composta pelo Pantalassa, conhecido como um superoceano.
As massas terrestres, portanto, eram concentradas. Isso reduzia os níveis de oxigênio, os espaços se tornavam menos úmidos e com poucos pântanos, diminuindo a existência das florestas maiores. Enfim, começava a se criar um ambiente desértico!
No Período Permiano, os animais e as plantas tiveram que fazer uma grande adaptação para sobreviver. Entre as espécies vegetais que sobreviveram bem nesta época, estão as seguintes:
- Cicadófitas;
- Coníferas;
- Ginkgófitas.
Enfim, as plantas gimnospermas, que produziam sementes, eram predominantes. A redução de oxigênio também fez eliminar os artrópodes gigantes, assim como os anfíbios ficaram menos diversos. Por outro lado, os primeiros percevejos e besouros começaram a aparecer.
Em todos os continentes no Período Permiano os amniotas passaram a predominar, uma vez que dependiam menos de água.
Saurópsidas – Uma grande linhagem de amniotas com aves e répteis, conhecidos como rostos de lagarto.
Sinápsidas – Grupo do qual os mamíferos se originaram.
Terápsidas – Grupo importante e diferente, já que os membros ficavam abaixo do corpo e eretos. Houve também o surgimento dos dinossauros e crocodilos, chamados de saurópsidas arcossauriformes.
Os mares eram dominados pelos seguintes seres no Período Permiano:
- Amonites;
- Braquiópodes;
- Foraminíferos;
- Briozoários.
Período Permiano – Maior extinção da história do planeta!
Foi no Período Permiano que a Terra registrou a maior extinção em massa. Este acontecimento ficou classificado como “A Grande Agonia”, quando 70% das espécies terrestres foram dizimadas, assim como 95% das espécies marinhas, que simplesmente desapareceram. A biodiversidade ficou severamente afetada.
“A Grande Agonia” aconteceu em decorrência de uma série de fatores, entre eles os seguintes:
- A Sibéria foi inundada por basalto;
- Cerca de 2 milhões de km² ficaram cobertos de lava;
- A atmosfera ficou repleta de dióxido de carbono;
- O fundo do oceano ficou com metano aprisionado;
- A temperatura terrestre subiu em 5ºC;
- Os mares ficaram mais quentes e as correntes dos oceanos alteradas;
- A dissolução de oxigênio na água ficou afetada;
- Os seres marinhos morreram sufocados.
Amonita, Fóssil do Período Permiano. Crédito da foto: Natasha Rethke / Pixabay
Assim, por esses motivos, também desapareceram os corais rugosos e outras espécies, como:
- Foraminíferos;
- Briozoários;
- Gastrópodes;
- Amonites;
- Braquiópodes;
- Crinoides;
- Blastoides;
Trilobitas; - Escorpiões-marinhos;
- Corais tabulados;
- Corais rugosos;
- Peixes acantódios.
Os herbívoros maiores foram severamente afetados, principalmente os anfíbios das famílias terápsidas, saurópsidas e labirintodontes. Muitos insetos desapareceram, algo novo nas extinções em massa até então.
A recuperação do ecossistema do nosso planeta levou 30 milhões de anos após estes acontecimentos. Porém, logo depois da era Paleozoica, começou um dos períodos mais interessantes da história, a Era Mesozoica, amplamente conhecida e apreciada por causa dos dinossauros!