Deriva Continental – Pangeia
Introdução
A deriva continental é uma teoria que fala sobre a evolução das formas das terras que não foram cobertas pela água ao longo das eras geológicas. Foi através dela que foi possível postular o movimento das massas continentais ao longo das eras sucedidas, sempre considerando que os atuais continentes possuíam formas diferentes e até mesmo estavam localizados em outros lugares do planeta.
Essa observação foi feita antes mesmo de descobrirem o surgimento das placas tectônicas, que serviu para confirmar a movimentação não só dos continentes, como também de toda a crosta.
Essa teoria surgiu em 1596, e foi feita pelo holandês Abraham Ortelius, mais conhecido como o pai do Atlas Moderno. Ele também é o responsável pelo primeiro Atlas da Idade Moderna, chamado de “Theatrum Orbis Terrarum”, de 1570, que foi desenhado à mão, e continha 139 mapas coloridos.
Foi Ortelius quem sugeriu que as Américas haviam sido rasgadas e afastadas da Europa e da África por causa dos terremos e das inundações. Ainda foi capaz de afirmar que: “os vestígios da ruptura revelam-se, se alguém trouxer para a sua frente um mapa do mundo e observar com cuidado as costas dos três continentes”. A ideia dele foi retomada no século XIX.
Como se deu essa divisão?
Há 200 milhões de anos existia apenas um continente, o Pangeia. Ele se dividiu há 130 milhões de anos em dois: Laurásia, que correspondia à América do Norte e a Eurásia e Gondwana, que eram a América do Sul, África, Índia, Austrália e Antártida. Após isso, há 84 milhões de anos, houve uma nova separação, onde a América do Norte se desprendeu da Eurásia e onde a América do Sul, a África, a Oceania e a Índia se separaram, com a Índia vindo a se tornar uma ilha no oceano Índico.
Por fim, a Índia se chocou com a Ásia, vindo a se tornar parte do continente.
Apesar de todos os estudos e das informações, apenas em 1912 que a ideia do movimento dos continentes como uma teoria científica foi considerada, sendo chamada de “Deriva dos Continentes”, vindo a ser publicada em dois artigos pelo meteorologista alemão Alfred Lothar Wegener. A sua argumentação foi de que, há cerca de 200 milhões de anos, ainda na Era Paleozoica, existia um supercontinente, chamado Pangeia, e um imenso oceano, de nome Pantalassa.
O Pangeia acabou de dissipando com o passar dos anos, e veio a se dividir, na primeira forma, em dois grandes continentes: Laurásia e Gondwana. Entre esses dois continentes, formou-se um mar que era raso, o Mar de Tétis.
Laurásia e Gondwana continuaram a serem divididos ao longo dos tempos, dando origens aos hoje continentes conhecidos por todos. Como exemplo, a Índia se deslocou de Gondwana e acabou se formando numa ilha. Na era Cenozoica os continentes começaram a se formar nas atuais formas.
Quando a Índia se chocou com o continente asiático, a pressão do choque foi tão grande que acabou resultando na formação da cordilheira do Himalaia, onde fica o Monte Everest, o mais alto do planeta.
Teoria da Deriva Continental (Pangeia)
A Teoria da Deriva Continental postulou o movimento das massas continentais no decorrer do tempo geológico do planeta Terra. Essa teoria foi criada pelo meteorologista alemão, Alfred Wegener.
De acordo com a tese, há cerca de 200 milhões de anos não havia nenhum tipo de separação física entre os continentes. Isso significa que o planeta era formado por uma única e grande massa continental, que recebeu o nome de Pangeia. Além disso, havia também apenas um oceano, conhecido como Pantalassa.
Pela teoria da deriva continental, apresentada por Alfred Wegener em 1912, todos os continentes estavam interligados. A afirmação foi publicada no livro “A Origem dos Continentes e Oceanos”.
Informações importantes sobre a Deriva Continental
Para Wegener, os continentes do planeta Terra, tal qual os conhecemos hoje, não existiam. A única massa presente no planeta era a chamada Pangeia, termo que vem do grego e significa “Terra Única”.
Segundo a teoria, após milhões de anos de conservação dessa massa única de terra, houve uma fragmentação que deu origem a dois megacontinentes, batizados de Laurásia e Godwana. A partir dessa primeira movimentação, as placas começaram a se mover mais e a se adaptarem, até chegar à atual configuração dos continentes, com as divisões do espaço terrestre em América, Europa, África, Ásia, Oceania e Antártida.
A teoria da Deriva Continental apresentou uma explicação coerente referente à movimentação dos continentes, pela qual as placas tectônicas deram origem à atual configuração do planeta. Essa tese mostrou que a Terra não era estática e foi comprovada pela análise do contorno das faixas de terra dos continentes.
Mais tarde, a teoria da Deriva Continental passou a fazer parte da Teoria Tectônica de Placas, que confirma que as terras do planeta estão se movimentando até os dias de hoje, principalmente por causa da influência da ação no núcleo terrestre incandescente.
Para chegar à obra que destacou a teoria da deriva continental, Wegener se baseou nos estudos prévios realizados por outros cientistas, como o geógrafo Antonio Snider-Pellegrini, que publicou, em 1858, um mapa que unia os litorais da África e da América do Sul.
Os estudos de Wegener também foram fundamentados, em 1915, nos recortes dos litorais, nas informações sobre o magnetismo da Terra, nos dados sobre os paleoclimas e em evidências de fósseis. Dessa forma, a teoria se tornava completa por envolver aspectos da geologia, geofísica, paleoclimatologia, paleontologia e biogeografia.
Entenda mais:
A crosta ainda é dividida em duas partes fundamentais: a Crosta Continental (formada por rochas com densidade em torno de 2,8 e constituída essencialmente por Silício e Alumínio – SIAL) e a Crosta Oceânica (de rochas mais pesadas com cerca de 3,3 de densidade e formadas por Silício e Magnésio – SIMA).
Estrutura interna da Terra
Essas condições prevaleceram de aproximadamente 700 a 500 milhões de anos atrás, e durante a última parte do período Cenozóico.
Correntes de convecção
Movimento de rotação da África para norte, indo de encontro a Eurásia, choque da Índia com a Ásia; separação América do Norte da Eurásia; separação da Austrália da Antártida.
O “Baile” dos continentes
Os continentes se moveram independentemente uns dos outros. Ao juntar dois continentes que estariam unidos no passado, pela teoria de Deriva continental, as curvas eram as mesmas.
Paleomagnetismo
Diversos pontos da teoria de Wegener só ganharam notoriedade pública e credibilidade na década de 1960, quando passaram a contribuir para o entendimento humano sobre a movimentação dos continentes.
Veja também:
Dinâmica da Litosfera
Planeta Terra