Trabalho Infantil no Mundo
Começamos este artigo citando uma pequena parte da letra composta por Arnaldo Antunes (ex-Titãs) e Paula Tatit: …criança não trabalha, criança dá trabalho, criança não trabalha… Seria realmente bom se as crianças fossem limitadas a viverem suas vidas, brincando, estudando e fazendo coisas de criança, como diz a própria música.
Mas, infelizmente, os níveis de trabalho infantil no mundo são alarmantes. Você não sabia que ainda existe esse tipo de trabalho? Pois é, ainda existe em escalas que deixam a UNICEF de cabelos em pé, claro, a instituição tem consciência que em determinadas situações é praticamente impossível, contudo, ainda tentam mudar a realidade desses milhares de crianças espalhadas pelo mundo.
O que configura o trabalho infantil
Qualquer tipo de esforço mental ou físico que exceda ou impeça a criança de ter uma vida sadia conforme a sua idade. Sei que no tempo de muitos pais, as coisas eram bem diferentes e era comum tal vontade partir da criança, claro, não estamos falando de uma criança de cinco anos, mas sim de uma de 13/14 anos.
Uma criança de cinco ou abaixo de sete não pensam em trabalho, mas sim em brincar, nem estudar pensam, se não são os pais coordenando essa questão, ficariam em casa o tempo inteiro em companhia dos brinquedos. Enfim, porém, infelizmente, a realidade de alguns países são bem diferente do que imaginamos, inclusive de nosso próprio.
Trabalhamos nas grandes cidades e, devido a atenção que chamaria, não presenciamos tal situação, contudo, não basta nos afastarmos muito para começarmos a ver crianças executando tarefas que deveriam ser desempenhadas por adultos.
Quais as causas para o trabalho infantil
Na verdade não são causas, infelizmente, consequências. O desemprego e a pobreza são os maiores incentivadores dessa pratica, isso sem mencionar, alguns pais que acabam explorando seus filhos. Temos que levar em conta aquelas crianças que trabalham por livre e espontânea vontade e aquelas que são forçadas a trazer dinheiro para casa. Ambas não são práticas aceitas, no entanto, a primeira chega a ser louvável, enquanto a segunda é execrável e digna de denuncias.
No segundo caso, as crianças são vitimas de seus próprios país, e em muitos casos, por não terem para onde ir, acabam aceitando a situação e fazendo o que lhes forçam a fazer, deixando os estudos, as brincadeiras e até mesmo a inocência necessária de ser criança, algo que passa rapidamente se não for bem vivido.
Você já deve ter visto nos semáforos, filas de cinema, teatros, feiras e etc., crianças vendendo balas, entregando panfletos, engraxando sapatos, entre outras; isso nas grandes cidades, em locais mais afastados é possível encontrar algumas realizando tarefas muito mais pesadas, como por exemplo: trabalhar na lavoura, carvoaria, entre outras; e, em alguns outras países ou até mesmo por aqui, algumas crianças acabam vendendo o próprio corpo para terem o que comer em casa.
É uma triste realidade e por isso as instituições e organizações que prezam pelo bem estar da criança e do adolescente.
Números alarmantes
Infelizmente, o problema é global, o trabalho infantil no mundo é um assunto que se diz respeito a todos os povos, independente de sua cor, crença, língua ou religião. Segundo a Organização Internacional do Trabalho, calcula-se que cerca de 250 milhões de crianças com idades de 5-14 anos, desse número, cerca de quase 50%, não estudam e não brincam justamente por ocuparem seu tempo com trabalhos. Claro, esse número é maior nos países subdesenvolvidos onde a situação social é mais precária, onde, para se ganhar um pouco mais é preciso ter mais mãos para o trabalho.
E outro problema acerca desse trabalho infantil é que, segundo pesquisas, desses 250 milhões, 200 milhões trabalham sem descanso semanal, ou seja, trabalham de domingo a domingo sem ter uma pausa sequer para redescobrirem como é bom ser criança. Outra situação alarmante e preocupante é a incidência de acidentes de trabalho envolvendo crianças, afinal de contas, elas não estão preparadas para exercerem determinadas funções.
Abaixo, uma lista com o número aproximado de crianças trabalhadoras:
Portugal: 200,000
Espanha: 500,000
Alemanha: 600,000
América Latina: 17,000,000
Ásia: 152,000,000
Nova Zelândia: 500,000
África: 80,000,000