Tarsila do Amaral
Nascida no dia 1 de setembro de 1886 em Capivari, interior de São Paulo, Tarsila do amaral, filha de pais ricos, teve sua infância acompanhada por eles e mais sete irmãos. Em São Paulo, foi matriculada no Colégio de Freiras, além do Colégio Sion, e algum tempo depois mudou-se para a Espanha, mais precisamente Barcelona, onde continuou seus estudos. Ao retornar ao Brasil, casou-se com André Teixeira Pinto, e teve sua primeira filha, Dulce.
No ano de 1920, divorcia-se e muda-se para Paris objetivando retomar seus estudos de arte, desta vez na Academia Julian. Participou da Semana de Arte Moderna, no Salão Oficial dos Artistas da França no ano de 1922, onde conheceu Oswald de Andrade, escritor modernista, com quem viveu um relacionamento. Formou com ele, Menotti del Picchia, Mário de Andrade e Anita Malfatti, o Grupo dos Cinco. Objetivavam mudar o cenário da cultura e da arte do país, além de trazer ao Brasil e à sua cultura as influências das vanguardas europeias.
Ficou paralítica no ano de 1965 em decorrência de um erro médico durante uma cirurgia da coluna e, no ano seguinte, perde sua filha. no dia 17 de janeiro de 1973, Tarsila do Amaral falece aos 86 anos em São Paulo.
Obras
Grande pintora e desenhista brasileira, Tarsila do Amaral possuía fama não apenas em seu país de origem, mas também no exterior. Além da arte, aprendeu outras línguas e sabia tocar piano. Seu primeiro quadro foi produzido no Colégio Sion, quando tinha apenas 16 anos, o Sagrado Coração de Jesus.
Aprendeu a fazer modelagem em barro no ateliê de William Zadig, escultor sueco, e ainda teve aulas com Pedro Alexandrino, mantendo seu foco em naturezas-mortas.
Abaporu
O quadro Abaporu, de Tarsila, foi fonte de inspiração para o movimento da antropofagia, conceito apresentado pelos modernistas que objetivava neutralizar os modelos europeus com uma estética adaptada à cultura brasileira, sendo conhecido como um dos movimentos mais radicais do período. Abaporu vem do tupi, significando “antropógago”, que é aquele que se alimenta de carne humana. Este quadro foi pintado como um presente para seu então namorado, Oswald de Andrade, em 1928.
Suas obras estão presentes em três fases, a fase pau brasil, marcada pelo uso de cores mais fortes, além dos temas nacionais; a fase antropofágica, inspirada nas vanguardas europeias, surrealismo e ao conceito de antropofagia; e, por fim, a fase da pintura social, que foi mais focada aos temas cotidianos do Brasil, além do contexto social.