Sociedade Colonial Açucareira
É chamada de Sociedade Colonial Açucareira o grupo social que prevaleceu no Brasil durante o auge da produção de açúcar no país, especificamente entre os séculos XVI e XVII. Essa sociedade ocupava principalmente a faixa litorânea do nordeste brasileiro, região que era responsável pela maior produção de açúcar no país.
A Sociedade Colonial Açucareira era formada por três grupos predominantes. São eles: os senhores de engenho, os escravos e os homens livres. O poder estava concentrado nas mãos da aristocracia açucareira, ou seja, dos grandes proprietários de terras.
Essa sociedade também contava com plantadores independentes de cana, que não possuíam recursos financeiros suficientes para ter seus próprios engenhos.
O grupo social com o maior número de pessoas era, sem dúvida, o dos escravos, majoritariamente trazidos da África em navios negreiros. Os escravos eram forçados a trabalhar nos engenhos, sofriam todos os tipos de violências e não tinham direitos.
Entre os homens livres, a maioria trabalhava ou servia aos interesses dos senhores de engenho. Existiam trabalhadores assalariados, como feitores, mestres de açúcar, artesãos e prestadores de serviços.
A principal característica da sociedade açucareira era a de ser patriarcal. Os senhores de engenho tinham o poder e autoridade total sobre todas as pessoas que vivessem em suas terras. Esses senhores também tinham influência sobre Câmaras Municipais e sobre as vilas que se formavam ao redor de suas propriedades.
Na sociedade do açúcar, os senhores de engenho eram donos de escravos e terras. Eles ofereciam algumas propriedades em concessão ou compra para os agricultores. Os senhores de engenho e os agricultores tinham um interesse em comum: o comércio do açúcar, que, naquela época, era o principal produto brasileiro no mercado estrangeiro.
A Sociedade Colonial Açucareira era marcada pela concentração da propriedade de terras nas mãos de grupos favorecidos. Neste período, o beneficiamento do açúcar era uma atividade muito lucrativa.
Apesar da concorrência no mercado externo, o açúcar continuou sendo o principal produto nacional de exportação até o começo do século XIX. A sociedade que se formou ao redor dos engenhos de açúcar era bastante dividida e desigual. A hierarquia social era rígida e a escravidão era muito violenta e cruel.
Entenda o funcionamento de um engenho de açúcar no Brasil Colonial:
Os senhores de engenho tinham muito prestígio e influência política. Costuma-se chamar a residência dos patrões de Casa Grande, enquanto os escravos viviam nas senzalas. O senhor de engenho controlava tudo, negociava com financiadores e comerciantes e participava ativamente da vida política e administrativa das cidades e vilas.