Síndrome do Pânico
Definimos ataques de pânico como surtos abruptos de medo ou desconforto intenso que atingem o pico em minutos. Pessoas com o transtorno vivem com medo iminente de ter um ataque de pânico. Você pode estar tendo um ataque de pânico ao sentir um terror repentino e avassalador, sem uma causa óbvia. Você pode sentir sintomas físicos, como coração acelerado, dificuldade para respirar e suor.
Muitas pessoas têm apenas um ou dois ataques de pânico durante a vida, e o problema desaparece, talvez quando uma situação estressante termina. Mas se você teve ataques de pânico recorrentes e inesperados e passou longos períodos com medo constante de outro ataque, você pode ter uma condição chamada transtorno do pânico (TP).
Mesmo que os sintomas do transtorno possam ser assustadores, eles podem ser controlados e amenizados com o tratamento adequado. Buscar um profissional capacitado (Psiquiatra ou Psicólogo) para o tratamento é a parte mais importante para reduzir os sintomas e melhorar a qualidade de vida.
O que causa o transtorno do pânico e quem tem predisposição para desenvolver esse distúrbio?
As causas do transtorno do pânico não são totalmente compreendidas. Pesquisas sugerem que o transtorno pode ter causa genética. O transtorno de pânico também está associado a transições significativas que ocorrem na vida. Sair da faculdade, se casar ou ter seu primeiro filho são transições importantes na vida que podem criar estresse e levar ao desenvolvimento do transtorno do pânico.
Esses fatores podem desencadear ataques de pânico ou transtorno do pânico:
- Genética
- Grande estresse
- Temperamento sensível ao estresse ou sujeito a emoções negativas
- Certas mudanças na maneira como partes do seu cérebro funcionam
Os ataques de pânico podem surgir de repente e sem aviso no início, mas com o tempo, eles geralmente são desencadeados por certas situações.
Algumas pesquisas sugerem que ataques de pânico estejam ligados a uma resposta natural do corpo a luta ou a fuga do perigo envolvido.
Estudos do Instituto Nacional de Saúde Mental (National Institue of Mental Health) indicam que certos grupos têm maior probabilidade de desenvolver o transtorno. Em particular, as mulheres têm duas vezes mais probabilidade do que os homens de desenvolver a doença.
Quando começam e quais são os sintomas do transtorno do pânico?
Os sintomas geralmente começam a aparecer em adolescentes e adultos jovens com idade inferior a 25 anos. Se você teve quatro ou mais ataques de pânico, ou vive com medo de ter outro ataque de pânico depois de passado por essa experiência, você provavelmente poderá estar com transtorno do pânico. [Lembrete: Procure um profissional competente.]
Os ataques de pânico produzem medo intenso que começam subitamente, e muitas vezes, sem qualquer aviso. Um ataque normalmente dura de 10 a 20 minutos, mas em casos extremos, os sintomas podem durar mais de uma hora. A experiência é diferente para cada pessoa e os sintomas costumam variar um pouco.
Os sintomas comuns associados a um ataque de pânico incluem:
- falta de ar ou aperto na garganta
- batimento cardíaco acelerado ou palpitações
- dor no peito ou aperto
- sentindo como se estivesse sufocando
- sensação de desgraça ou perigo iminente
- arrepios
- tontura, vertigem ou desmaio
- náusea
- suor ou calafrios
- tremores
- Medo de perda de controle ou medo de morrer
- mudanças de estado mental, sensação de irrealidade ou despersonalização (estar separado de si mesmo)
- dormência ou formigamento nas mãos ou pés
- ondas de calor
- cólica abdominal
Os sintomas de um ataque de pânico geralmente ocorrem sem um motivo claro. Normalmente, os sintomas não são proporcionais ao nível de perigo existente no ambiente. Como esses ataques não podem ser previstos, eles podem afetar significativamente a qualidade de vida.
O medo de um ataque de pânico ou relembrar um ataque de pânico pode resultar em outro ataque, criando um ciclo vicioso.
Os ataques de pânico têm muitas variações, mas os sintomas geralmente atingem o pico em minutos. Você pode se sentir cansado e esgotado depois de ter um ataque de pânico.
Como o transtorno do pânico é diagnosticado?
Pessoas com crises de pânico muitas vezes acreditam que estão tendo um ataque cardíaco. Por isso, é importante procurar atendimento médico de emergência.
O médico plantonista fará os exames necessários para descartar ou não se o que está ocorrendo é ou não um ataque cardíaco.
Se os sintomas não forem emergenciais, o indivíduo poderá ser encaminhado ao clínico geral, podendo assim realizar algum exame para atestar como anda a saúde mental e verificar sobre os sintomas. Todos os outros distúrbios médicos serão descartados antes que seu médico faça um diagnóstico de transtorno do pânico.
Como o transtorno do pânico pode ser evitado?
Não é possível prevenir o transtorno do pânico, porém, é possível trabalhar para reduzir os sintomas evitando álcool e estimulantes como a cafeína, bem como drogas ilícitas. Também é de grande valia observar se o indivíduo está experimentando sintomas de ansiedade após um acontecimento angustiante em sua vida. Se algo estiver incomodando, ou a pessoa foi exposta a uma experiência traumática, o indicado é procurar ajuda médica.
Como tratar o transtorno do pânico?
Embora os ataques de pânico em si não sejam fatais, eles podem ser assustadores e afetar significativamente sua qualidade de vida. Mas vale ressaltar que o tratamento pode ser muito eficaz.
O tratamento para o transtorno do pânico se concentra na redução ou eliminação dos sintomas. Isso é feito por meio de terapia com profissional qualificado e, em alguns casos, medicamentos. A terapia geralmente envolve aspectos cognitivo-comportamental. Esta terapia ensina você a mudar seus pensamentos e ações para que possa compreender seus ataques e a controlar o seu medo.
A prescrição de medicamentos só poderá ser feita por um profissional qualificado.
Alguns hábitos simples ajudam a reduzir os sintomas.
- exercitar-se regularmente
- manter uma rotina regular
- dormir o suficiente
- evitar o uso de estimulantes como a cafeína
O transtorno de pânico costuma ser uma condição crônica (de longo prazo) que pode ser difícil de tratar. Algumas pessoas com esse transtorno não respondem bem ao tratamento. Outros podem ter períodos em que não apresentam sintomas e períodos em que os sintomas são bastante intensos.
A maioria das pessoas com transtorno do pânico sentirá algum alívio dos sintomas por meio do tratamento.
3 Regras de Ouro para o tratamento:
- Procure ajuda médica o mais rápido possível para impedir que os sintomas piorem ou se tornem mais frequentes.
- Siga seu plano de tratamento para ajudar a prevenir recaídas ou agravamento dos sintomas do ataque de pânico.
- Pratique atividade física regularmente, o que pode desempenhar um papel na proteção contra a ansiedade.