Simbolismo no Brasil
O simbolismo chegou ao Brasil no século XIX. As obras inaugurais do movimento no Brasil foram Missal e Brosquéis, lançadas em 1893 pelo autor simbolista Cruz e Sousa.
O simbolismo nasce com o objetivo de questionar a verdade absoluta estabelecida pela ciência ao explicar os fenômenos relacionados ao homem. O simbolismo trata da complexidade humana.
As principais características dessa escola literária são: subjetivismo, linguagem vaga, uso de metáforas, comparações, aliterações, assonâncias e sinestesias, uso do soneto, antimaterialismo, antirracionalismo, misticismo, religiosidade, existência humana e morte.
O simbolismo tem uma forte tendência mística e espiritualista, que são antagonistas ao avanço tecnológico e científico do século XIX. Pode-se dizer que o simbolismo é uma reação ao romantismo.
Principais autores do simbolismo brasileiro:
Cruz e Sousa (1861-1898) – Esse autor, nascido em Florianópolis, foi filho de escravos. Sofreu muitos preconceitos da sociedade e desilusões amorosas. Suas únicas obras publicadas em vida são Missal e Broquéis. Cruz e Sousa é considerado o mais importante poeta simbolista brasileiro.
O autor escreveu sobre o culto da noite, o drama, o pessimismo, a morte, a integração cósmica, o sagrado, matéria/espírito, a escravidão e a investigação filosófica da angústia metafísica. Suas obras eram ricas em sinestesias e sonoridade.
Alphonsus de Guimaraens (1870-1921) – Outro importante autor desse movimento foi Alphonsus de Guimaraens, cujo nome verdadeiro era Afonso Henriques da Costa Guimarães. Ele é considerado o autor místico do Simbolismo.
Alphonsus escreveu sobre misticismo, amor e morte. Sua primeira obra foi Dona Mística, de 1899. Também publicou sonetos, crônicas, e os livros Setenário das Doras de Nossa Senhora e Câmara Ardente (1899), Dona Mística (1899), Kiriale (1902), Mendigos (1920), Pauvre Lyre (1921), Pastoral aos Crentes do Amor e da Morte (1923), Poesias (1938), Poesias (1955), Poesias (1958), Cantos de amor, salmos e preces” (1972), Os Melhores Poemas de Alphonsus de Guimaraens ( 1985), Alphonsus de Guimaraens – Poesia Completa (2001).