Revolução Constitucionalista de 1932
A Revolução Constitucionalista de 1932 foi um dos maiores e mais importantes movimentos armados da história do Brasil. Essa guerra aconteceu em São Paulo, como resultado da insatisfação dos paulistas com o Governo Provisório de Getúlio Vargas. A ideia dos revolucionários era modificar a constituição de 1890, criando uma nova constituição para o país.
O movimento ocorreu durante a República Velha, período no qual havia uma aliança entre São Paulo e Minas Gerais para alternar os presidentes da nação. Era a chamada Política do Café com Leite.
23 de maio, São Paulo
A revolução ganhou impulso quando, em 23 de maio, um ato político no centro de São Paulo acabou com a morte de quatro estudantes: Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo. Esse fato causou comoção e aumentou a base de apoio do movimento contra o governo de Getúlio Vargas.
9 de Julho, São Paulo
Em 9 de julho de 1932, a Revolução Constitucionalista teve início. Durante o conflito, Vargas fez intenso uso da propaganda de guerra nos meios de comunicação em massa. O movimento mobilizou 35 mil homens paulistas e 100 mil soldados do governo Getúlio Vargas.
O Estado de São Paulo ficou isolado neste conflito. Foram várias batalhas e uma ampla rede de doações financeiras e incentivos para que as empresas brasileiras fabricassem armamento militar. Os paulistas queriam acabar com o sistema oligárquico que estava instaurado na política brasileira. Os revolucionários exigiam autonomia administrativa para São Paulo.
O movimento constitucionalista pretendia derrubar Getúlio Vargas. A Revolução foi liderada pelo general Isidoro Dias Lopes.
São Paulo esperava contar com o apoio dos Estados de Minas Gerais e Rio Grande do Sul durante a guerra, mas estes mantiveram-se leais ao Governo Provisório de Vargas. Com os violentos conflitos, o movimento paulista fracassou. Em 1º de outubro de 1932 uma carta de rendição colocou um ponto final à revolução. Os líderes do movimento foram deportados para Portugal.
Feriado de 9 de Julho em São Paulo.
Sobre a fotografia – Canhão Krupp 75 mm, semelhante aos canhões utilizados pelas forças paulistas.