Revolta Paulista de 1924
Quando ocorreu a Revolta Paulista?
No dia 5 de julho de 1924, liderados pelo general Isidoro Dias Lopes, um grupo de militares revoltosos, integrantes do movimento tenentista se uniram para pedir a destituição do presidente Artur Bernardes, considerado por eles, inimigo dos militares e do Brasil.
Motivos da Revolta Paulista de 1924
O idealismo dos militares, descontentes com a economia em crise e a concentração de poder entre os parlamentares do estado de São Paulo e Minas Gerais, clamavam pelo fim da corrupção, reformas nas instituições de ensino público com a implementação do ensino público obrigatório, o voto secreto, fim do governo da república velha e justiça gratuita para todos.
Como deflagrou a revolta?
Também conhecida como Revolução de Isidoro, Revolução Animal e Revolução de 1924, a Revolta Paulista de 1924 aconteceu nas imediações da capital paulista, teve a participação de 1.000 militares e durou 23 dias. Os militares atacaram casas e prédios em regiões estratégicas. Foi considerado o maior bombardeio que já ocorreu na cidade de São Paulo. A sede do governo do estado também foi bombardeada. Durante os 23 dias, cerca de 300 mil pessoas fugiram da cidade de São Paulo para resguardarem suas vidas.
Como acabou a revolta?
Pensado inicialmente em ser o estopim de proporção nacional, a revolta de 1924 não teve seu desfecho como o planejado. Aconteceram algumas pequenas rebeliões em algumas sedes de prefeituras no estado de São Paulo, porém nada com tanta notoriedade. Teve somente o apoio ideológico dos estados do Rio Grande do Sul, Pará, Sergipe, Amazonas e Mato Grosso, com alguns atos de pequena representatividade para o movimento.
A liderança tenentistas da Revolução de 1924 publicou no dia 10/07/1924 um documento público “manifesto”, pedindo o afastamento do então presidente Artur Bernardes. Em contrapartida, o presidente da república, Artur Bernardes, articulou uma resposta aos revoltosos. Ele juntou a outra parte do exército leal ao seu governo e mandou bombardear a cidade para retomar o comando, nessa operação o presidente usou aviões bombardeiros.
Sem conseguir se defender do bombardeio terrificante ordenado pelo presidente, estima-se que 1/3 dos revoltosos morreu em batalha, foram feridos gravemente e presos. A capital ficou irreconhecível após os ataques. Como os revoltosos não arquitetaram bem um plano de governo e o movimento não teve apelo popular, no dia 28 de julho de 1924 chegou ao fim a Revolução de 1924.
Mediante isso, o restante das tropas integrantes da revolução de 1924 fugiram para o sul do Brasil e se uniram ao comando do Luís Carlos Prestes, que mais tarde veio ser o movimento guerrilheiro, conhecido como Coluna Prestes, uma revolta político-militar que ocorreu entre os anos de 1925 e 1927.
Após a revolução de 1930, Getúlio Vargas anistiou todos os militares que compunham a Revolta Paulista de 1924.
Veja também: