Aluísio de Azevedo foi um dos mais importantes representantes do naturalismo no Brasil, tendo suas obras uma intensa vivência.
Resumo do Livro
Moravam em uma casa Sr. Conselheiro Pinto Marques, pai de Magdá, Camila, tia dela e Fernando, além da própria Magdá. Seu pai era aristocrata, carregava sempre uma expressão bastante inteligente, além de ter olhos vivos, fibra seca e ser bastante alto – e calvo -. Importante frisar ainda, que Sr. Conselheiro preocupava-se excessivamente com sua filha, enquanto Tia Camila, solteira e já de certa idade, era bastante devota, porém esquisita e, pode-se dizer dessa forma, não muito cordial na hora de fazer sala para as visitas. Fernando já morava na casa quando Magdá nasceu, e ainda que houvesse a diferença de 5 anos entre eles, foram bastante apegados, companheiros, e cresceram juntos. Fernando, entretanto, não era filho, mas sim afilhado do Sr. Conselheiro.
Sr. Conselheiro era um bom pai, mas escondia um segredo. Não sabia que Fernando e Magdá tinham a ideia de que seriam sempre um do outro, e que pretendiam, inclusive, casar. Fernando, entretanto, era filho do Conselheiro em uma relação extraconjugal. Ao notar que o casal se envolvia, ele, então, revelou para Fernando que era seu pai e, consequentemente, Magdá sua irmã. Passou, então, Fernando, a ver a irmã com olhos fraternais. Em sua amizade demonstrava frieza, tentando esconder, inclusive, seu amor por ela. Magdá sentiu a diferença e não tinha olhos para outros homens, ainda que fosse bastante jovem. Fernando se forma e, batendo de frente com o que havia prometido para Magdá, de que se casariam após a sua formatura em medicina, anuncia que iria para a Europa sem data para retorno.
Conheça o autor:
Aluísio Azevedo
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Fernando ao ver o estado emocional de Magdá fala para Conselheiro que contasse a verdade para ela, o que foi feito. Seu pai passou, então, a organizar muitos bailes para que a filha conhecesse novos pretendentes. Ela dançava a noite toda, mas permaneceu solteira. Fernando faleceu, e a notícia chegou. Magdá, então, passou a ter pesadelos com ele, e ainda que seu pai promovesse mais bailes, Magdá decidiu que não se casaria mais. Viajou então para a Europa, e voltou decidida de que seria freira. Sua tia gostou da reação,mas seu pai não ficou muito satisfeito. Foi aconselhada, então, a viver em um local campestre, sem igrejas. Foram para um casarão antigo em Tijuca, onde ela não saia do quarto, não comia, e andava rabugenta. Uma criada, Justina, veio para cuidar de Magdá. Em uma de suas aventuras, ao caminhar ao alto da pedreira, Magdá conheceu um rapaz que se ofereceu para conduzí-la para casa no colo. Magdá foi, mas ficou com vergonha ao vê-lo nu. Passou a sonhar com o ocorrido, ainda que soubesse que se tratava do noivo de Rosinha, irmã de Justina.
Acreditava que o homem escolhido havia finalmente chegado, e viveu uma história de amor em seus sonhos com o homem, que descobriu chamar-se Luís. Chegou, então, o dia em que Rosinha e Luís casaram-se, e ela, sofrendo muito, recebeu por parte de Justina, a visita do casal. Magdá serviu vinho envenenado ao casal, por não suportar que ele estivesse com outra. Foi, então, levada à Casa de Detenção, delirando no caminho.