A Reforma Protestante foi um movimento de cunho religioso, que pedia que o Novo Testamento fosse respeitado pelos cristãos. As pessoas envolvidas com essa causa lutavam pelos tradicionais padrões bíblicos e contestavam a forma como a Igreja Católica conduzia a religião.
Com o surgimento do movimento da Reforma Protestante, nasceu também uma nova fé, que tinha a missão de tornar as pessoas mais próximas de Deus. O movimento ganhou força na Europa ainda no século XVI, quando grupos religiosos iniciaram uma renovação dos valores cristãos.
A Reforma Protestante coincidiu com o fim da Idade Média e o início da época de modernização dos países europeus. Neste período, o poder do papa da igreja católica estava em declínio.
Os grupos contrários à igreja católica condenavam práticas como as peregrinações, o celibato e a veneração de santos.
Novas instituições religiosas
Com as reformas protestantes, novas instituições religiosas começaram a surgir, com destaque para o Luteranismo, o Calvinismo e o Anglicanismo. Essas foram as principais religiões protestantes do século XVI.
Essa renovação religiosa contestava o autoritarismo da Igreja Católica Romana. O primeiro país a vivenciar a reforma protestante de perto foi a Alemanha, mas o movimento se espalhou rapidamente pelo continente, chegando à Inglaterra, França, Suíça, entre outros países.
A verdadeira reforma foi iniciada por Martinho Lutero, em 1517, com a publicação de 95 teses que iam contra diversos trechos da doutrina católica. Um dos principais pontos questionados por Lutero foi a venda de indulgências da igreja católica para os fiéis. Segundo o protestante, o Papa Leão X vendia o perdão dos pecados para os cristãos.
O movimento reformista
Diante da postura da igreja católica e a forma como a fé era conduzida, os reformistas passaram a propor uma reforma no catolicismo. Os protestantes lançaram, então, os chamados Cinco Solas, que são os princípios da reforma protestante, com teologias reformadoras e novos guias para a prática cristã.
Os Cinco Solas Protestantes eram: somente a fé, somente a escritura, somente Cristo, somente a graça e glória somente a Deus. Essa reforma também teve motivações sociais e políticas. Todo esse movimento deu origem às várias religiões protestantes que existem atualmente.
A contrarreforma católica
Para dar uma resposta aos protestantes, a igreja católica lançou a contrarreforma, que começou com o Concílio de Trento. Com isso, os católicos queriam fortalecer suas doutrinas e dogmas, que estavam sendo criticados pelos protestantes, além de reformar o clero e a fé cristã.
A igreja católica também começou a trabalhar para que as ideias reformadoras não chegassem a países como Portugal, Itália e Espanha, que eram majoritariamente formados por católicos.
O período foi marcado por diversos conflitos. Nos países protestantes, por exemplo, vários sacerdotes católicos foram expulsos ou mortos. A Inglaterra foi uma das nações mais violentas, onde os católicos foram mortos em massa.