Química

Química Clássica

A química começa a se constituir como ciência a partir do século XVII. A aplicação do método experimental e o aperfeiçoamento dos instrumentos de medidas aumentam os conhecimentos sobre a estrutura e comportamento dos materiais. Com a realização de experiências em laboratórios e medições criteriosas das substâncias em cada fase dos experimentos os cientistas vão, aos poucos, formulando explicações racionais para fenômenos antes considerados mágicos.

Elementos químicos
– O inglês Robert Boyle é um dos primeiros a estabelecer vínculos teóricos para a interpretação dos fatos observados experimentalmente. Ele sintetiza as correntes de pensamento que se preocupam com a experimentação em química e redefine conceitos fundamentais, como o de elemento químico. Para Boyle, elementos químicos são os corpos mais simples a partir dos quais são formados os corpos mais complexos. Ele também distingue as substâncias em puras e compostas. As puras seriam formadas por um único tipo de elemento. As substâncias compostas seriam “desdobráveis” em mais de um elemento.

Lei da conservação de massa
– Para muitos historiadores, a química só adquire o caráter de ciência com Lavoisier, no século XVIII. Ele consagra as medições quantitativas nas experiências químicas como critério indispensável para se obter um conhecimento válido. Com a utilização sistemática da balança, estabelece as primeiras leis ponderais (relativas ao peso) e define a matéria por sua propriedade de ter um peso (hoje chamado massa) determinado. Analisa a composição química do ar e identifica o oxigênio como substância responsável pela combustão. Descobre a composição química da água pela combustão do hidrogênio e do oxigênio. Com base nos resultados experimentais obtidos em laboratório, formula a lei da conservação de massa: numa reação química, nada se cria e nada se destrói. O peso dos produtos finais de uma reação, incluindo os gases, é igual ao peso da totalidade dos reagentes iniciais. Ele também reformula os métodos de experimentaçã o e a nomenclatura química.

Combustão
– Ao identificar o oxigênio e explicar cientificamente o processo de combustão, Lavoisier derruba a teoria do flogisto, elaborada por Georg Ernst Stahl, no século XVII. Stahl atribuía um “princípio combustível”, o flogisto, às diferentes substâncias: as ricas em flogisto, como a madeira, queimariam rapidamente. As pobres em flogisto, ou sem este “princípio”, como a água, seriam incombustíveis. O fato de as cinzas resultantes da combustão serem mais leves do que a substância original era visto por Stahl como uma prova da perda do flogisto durante a queima. Lavoisier demonstra que essa prova é falsa. Mostra que o peso dos metais aumenta quando são aquecidos e queimados, e demonstra que a redução da massa de alguns materiais queimados deve-se à formação de compostos voláteis durante a combustão. As cinzas resultantes da queima da madeira, por exemplo, representariam apenas uma parte de sua massa inicial. A fumaça dispersaria outra parcela da massa original na atmosfera.

Fonte:
http://www.adoroquimica.hpg.ig.com.br/secoes/geral/quimicaclassica.htm