O Brasil é um país contaminado por um preconceito velado de classe social, ou seja, as pessoas são preconceituosas, mas fingem não ser em muitas situações. Para avaliar como o preconceito está embutido na sociedade basta analisar a atitude geral da população ao cruzar com um morador de rua ou até mesmo um negro nas ruas das grandes cidades brasileiras. Em muitos casos, as pessoas mudam de calçada ou de caminho para evitar o confronto, e fazem isso movidas por um pré-conceito ou por conclusões precipitadas baseadas em estereótipos.
No Brasil, a pobreza é associada à cor da pele. Isso demonstra que, além do preconceito social, o país também é tomado por preconceito racial. Em nosso país, o acesso à renda e o poder aquisitivo da população são determinantes para as condições de vida e serviços de qualidade nas áreas de educação, transportes e saúde.
O preconceito social de classe está muito relacionado ao capitalismo. Em muitos países o acúmulo de renda nas mãos de poucas famílias gera a desigualdade social.
O preconceito de classe é um tema recorrente na obra de Karl Marx, que fazia uma crítica ao capitalismo e à divisão de classes sociais. Hoje, o preconceito de classe está presente em todos os níveis sociais e pode ser visualizado até mesmo nas áreas demarcadas para a habitação popular e a moradia de famílias ricas e de classe média. Em todas as cidades do Brasil conseguimos notar as diferenças da infraestrutura de bairros nobres e da periferia.
Em suma, o preconceito de classe social é motivado pela situação socioeconômica da população e está diretamente relacionado às dificuldades impostas às classes menos favorecidas.