A Política do Café-com-leite foi implementada na época do Brasil República. Nesse contexto, o Brasil havia deixado de ser uma monarquia para ser uma República Federativa.
Após a proclamação da República, em 15 de novembro, dois presidentes militares passaram a ocupar o poder. São eles: os marechais Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto.
A partir daí, a história republicana brasileira passou a ser marcada por acordos entre as elites das principais províncias econômicas do país, que na época eram Minas Gerais e São Paulo. Além disso, ambas as províncias tinham grandes currais eleitorais da época.
Durante o governo do presidente Campos Sales (1898-1902) foi criada a chamada Política do Café com Leite. Segundo ela, São Paulo, indicado como maior produtor de café do país, e Minas Gerais, maior produtor de leite no país, uniriam forças políticas e econômicas para controlar o cenário político brasileiro.
O acordo previa o revezamento dos dois estados no governo do país. Assim, o presidente num momento seria paulista e em outro seria mineiro.
Para garantir o resultado das eleições de acordo com as articulações dos dois estados, a Política do Café com Leite utilizava ferramentas como o coronelismo, o voto de cabresto e a política dos governadores.
Essa forma de escolher os presidentes brasileiros chegou ao fim no governo de Washington Luís (1926-1930), que era paulista e após seu mandato resolveu apoiar a candidatura de outro paulista, Júlio Prestes. Essa decisão de Washington Luís rompeu o pacto de revezamento entre mineiros e paulistas no poder.