Planejamento familiar e contracepção
Planejamento familiar vai além da contracepção. Porém, controlar a gravidez é 80% desse conceito. Alguns países desenvolvidos já oferecem programas completos de planejamento familiar, enquanto em países em desenvolvimentos a questão esbarra nos programas de saúde pública mal elaborados, na falta de informação das pessoas e no choque de conceitos científicos e religiosos.
No Brasil e em diversos países em crescimento, o desafio ainda é evitar a gravidez na adolescência. Mesmo com reunião para cruzamento de ideias, como a feita por 70 países da Europa, Ásia e América Latina no Dia Mundial da Contracepção, 26 de setembro, o problema persevera. Um dos temas escolhidos para combater o problema foi “Sua Vida, Sua Responsabilidade”.
O entrave é que, para criar a consciência, são necessários vários anos de aplicação teórica de várias formas didáticas, seja por canais de televisão, internet, rádio ou outros veículos.
O fato é que a falta de planejamento familiar gera problemas sociais irreversíveis. Como será a vida de uma adolescente pobre, que vive em uma favela brasileira, que se torna mãe aos 15 anos de idade? Como combater a forte e obsoleta intervenção religiosa, que condena métodos contraceptivos?
É preciso ressaltar que isso é uma tarefa política e educacional. Cientificamente, é importante apresentar as formas seguras de contracepção.
A camisinha masculina é um material de látex que envolve o pênis. Atualmente, é o método contraceptivo mais fácil e barato do mundo. A camisinha é distribuída gratuitamente em qualquer posto de saúde do Brasil. Ela impede o contato do espermatozoide com a vagina e previne de doenças como a Aids.
A camisinha feminina é de poliuretano e pode ser colocada pela mulher várias horas antes da relação. Pelo seu formato com dois anéis, é mais difícil colocar esse material de forma adequada na vagina. Para não haver problemas, é importante solicitar explicação de algum profissional de saúde antes de utilizar. A camisinha feminina tem custo mais elevado.
A pílula anticoncepcional é também o método mais utilizado atualmente. Essa forma de controle de gravidez é totalmente reversível. O remédio contém hormônios que evitam a gravidez. Porém, se a mulher desejar ganhar um bebê, basta parar de tomar o remédio. É importante consultar um ginecologista antes de começar a tomar a medicação, pois as pílulas podem apresentar efeitos colaterais.
O DIU, chamado Dispositivo Intra-Uterino, é um antigo sistema a inserido pelo médico no interior do útero. O procedimento é curto, dura em média cinco minutos. Essa forma passou a ser descartada por gerar irregularidades no processo menstrual. Também apresenta efeitos colaterais, como secreção vaginal e inchaço.
A injeção anticoncepcional é a inserção de hormônios que evitam a gravidez. A aplicação pode ser mensal ou trimestral. Esse medicamento costuma apresentar menos efeitos colaterais que as pílulas. Porém, é necessário consultar um médico, que ajudará a decidir o melhor medicamento para o caso.
O anel vaginal é um material de plástico mole que libera hormônios sugados pela mucosa vaginal. O anel é removido depois de 21 dias, nos mesmo horário em que foi implantado.
A vasectomia é uma cirurgia pequena para seccionar os dutos que transportam os espermatozoides dos testículos para a uretra. Não há contra-indicações clínicas que impeçam a vasectomia.
A laqueadura tubária também é uma cirurgia para seccionar as tubas que unem o útero aos ovários. Isso impossibilita a fecundação de forma irreversível. A laqueadura é indicada para mulheres seguras de que não desejam ter filhos.