Biografias

Pierre Simon de Fermat (1601-1665)

Pierre Simon de Fermat nasceu na França e estudou direito em Tolouse, ai participando do Parlamento. Embora muito ocupado, encontrou tempo para estudar Literatúra Clássica, Ciências e Matemática, por puro prazer. Em 1629 iniciou suas descobertas matemáticas depois de ter-se dedicado à restauração de obras perdidas da Antiguidade. Basenado-se na coleção matemática de Papus (320 d.C.) , descobriu o princípio fundamental da Geometria Analítica : Sempre que numa curva se encontram duas variáveis, os pontos que satisfazem a equação formam uma curva. Em curto tratado “Introdução aos lugares planos e sólidos” , dá ênfase ao esboço de soluções de equações, começando com uma equação linear e um sistema de coordenadas arbitrário sobre o qual esboçou. Como apêndice dessa obra, escreve “A solução de problemas sólidos por meio de lugares”, observando a solução de equações cúbicas e quadráticas. Os trabalhos de Fermat eram muito mais sistemáticos e didáticos do que os de Descartes e sua Geometria Analítica aproxima-se da atual. Em sua obra “Método para achar máximos e mínimos” aproxima-se bastante do nosso cálculo de hoje. Também seu método para mudar a variável e considerar valores vizinhos é essencial em Análise Infitesimal, usando-o para achar tangentes. Com a restauração do livro “A aritmética” de Diofante , Fermat passou a desenvolver um importânte ramo da Matemática, a Teoria dos Números, onde principalmente cuidou dos números primos.

Sua matemática estava escrita em apontamentos desorganizados, em cartas em que ele não tinha intenção de publicar e em margens de livros. Escreveu na margem de seu exemplar de Diofante uma proposição :
Que para n um inteiro maior que dois, não há valores inteiros positivos x,y,z tais que xn + yn = zn e que tinha uma prova verdadeiramente maravilhosa mas que a margem era demasiadamente estreita para conte-la. A partir dai essa proposição ficou conhecida como ” O grande Teorema de Fermat “ou ” O Último teorema de Fermat ” . Um enigma que desafiou as mentes dos maiores matemáticos nos últimos 358 anos e vindo a ser demonstrado somente em 1995 por Andrew Willes – professor de Princeton. Willes havia anunciado a demosntração em 1993, mas um erro o fez voltar às pesquisas por mais 14 meses. Pela demosntração Willes recebeu um prêmio de 50 mil libras da Fundação Wolfskehl.