Os medicamentos especializados mais caros do mundo
Alguns medicamentos especializados são realmente caros, inacessíveis para a população. Em muitos casos, os medicamentos de alto custo no Brasil são conseguidos por meio de ações na justiça, que obrigam o governo a arcar com a compra dos remédios.
A lista dos medicamentos mais caros do mundo inclui opções destinadas ao tratamento do câncer, terapias genéticas, medicamentos especiais e biológicos e remédios para outras doenças graves. Outro problema é que o preço dos medicamentos é controlado pelas indústrias farmacêuticas e há uma falta de transparência na definição dos valores.
Uma pesquisa feita pelos Planos de Seguro de Saúde dos Estados Unidos (AHIP) projetou que os gastos com os medicamentos devem alcançar a marca de mais de US$ 590 bilhões até 2020.
Os medicamentos especializados desenvolvidos nos últimos anos estão na seleção dos mais caros, com destaque para os remédios para o tratamento de esclerose múltipla, artrite reumatoide e câncer. Muitos desses medicamentos custam mais de 100 mil dólares.
Veja algumas das drogas mais caras do planeta:
Ilaris – Este medicamento foi aprovado em 2009. Ele é da Novartis e é usado para o tratamento de condições raras causadas por mutações de genes. O remédio é indicado para episódios de febre e inflamação que não possuem causas aparentes. O Ilaris também é aprovado para o tratamento da Artrite Idiopática Juvenil Súbita (AIJ) em crianças de 2 anos de idade ou mais. O gasto anual de um paciente com este medicamento pode variar de US$ 379.000 a US$ 462.000.
Demser – O remédio é indicado para reduzir os níveis de noradrenalina e epinefrina, duas substâncias que podem elevar perigosamente a pressão sanguínea. O Demser tende a custar de US$ 96.000 a US$ 472.000 anualmente por paciente.
Folotina – Este medicamento foi aprovado em 2009 para o tratamento de linfoma de células T periférico, uma forma agressiva de linfoma não-Hogkins, uma doença rara. O custo do remédio varia aproximadamente de US$ 345.000 a mais de US$ 500.000 por ano.
Soliris – Este medicamento é usado para tratar uma doença sanguínea crônica rara, chamada de síndrome hemolítica urêmica atípica (SHUa). Seu preço anual pode chegar a mais de US$ 600.000 por paciente.
Actimune – O remédio é direcionado ao tratamento de doenças genéticas. O preço chega a US$ 700.000 por ano.
Carbaglu – Este medicamento é utilizado para ajudar a tratar e prevenir o acúmulo de amônia no sangue. Em média, uma pessoa de 70 kg precisaria de aproximadamente 3.500 mg por dia desse remédio, ou seja, 18 comprimidos por dia. O custo anual do tratamento é de US$ 1,3 milhão.
Zolgensma – Este medicamento é usado em uma terapia genética. A droga foi aprovada em maio de 2019 para tratar a atrofia muscular espinhal (SMA) pediátrica. O custo total do tratamento pode chegar a US$ 2,125 milhões. Este é o medicamento mais caro do mundo no momento, comercializado pelo grupo farmacêutico Novartis.