O Teatro Simbolista se consagrou a partir da segunda metade do século XIX. Os textos e peças eram compostos por diálogos mais realistas, sem os excessos característicos do romantismo. Neste tipo de conteúdo, o perfil psicológico dos personagens e a progressão dramática coerente eram importantes para as construções.
Alguns autores simbolistas foram muito relevantes neste movimento artístico, com destaque para o autor belga Maurice Maeterlinck, o italiano Gabriele d’Annunzio e o russo Leonid Andreiev. Algumas obras emblemáticas do período são: A filha de Iorio, A torre, O Pai e A vida humana.
A produção cênica simbolista tinha características peculiares, como palcos giratórios, projeções, uso de plataformas, iluminações especiais, entre outros recursos. Um dos dramaturgos mais inovadores foi o inglês Edward Gordon Craig, o primeiro a utilizar energia elétrica na iluminação cênica.
A estrutura dramática do teatro simbolista não costumava agradar aos eruditos. As peças não eram ideológicas, mas apresentavam um enfoque poético e não costumavam ter objetos decorativos. Os textos possuíam visões subjetivas.
Os padrões simbolistas trabalhavam com temas abstratos. As ideias não eram materializadas, tudo era simbólico. Algumas peças contavam com personagens mais estereotipados. No simbolismo, o tempo é trabalhado como um fator que não pode ser controlado pelo homem. Os textos são deterministas e materialistas.
O teatro simbolista contou com o impulso das soluções fotográficas e da iluminação. O movimento simbolista se desenvolveu entre os anos de 1885 e 1895, na França, e se expandiu para outros países, destacando as mudanças da sociedade, tanto as físicas quanto as culturais. Alguns temas recorrentes incluíam a inovação científica do período e as incompreensões sobre a vida.
Os autores simbolistas também tratavam bastante sobre os sentimentos humanos, projetando essa realidade nos palcos por meio de símbolos que substituíam de forma eficaz os diálogos densos do teatro tradicional.
O teatro simbolista foi direcionado ao entretenimento da sociedade burguesa. Mallarmé (1842-1898) foi uma das maiores referências da estética e do padrão simbolista nas obras, misturando perfeitamente a poesia e o drama.
O teatro simbolista adotou também uma compreensão de que as ideias poderiam ser manifestadas por meio de símbolos que influenciassem o estado de espírito do espectador.
O drama simbolista no teatro recebeu muitas críticas porque rompia com padrões tradicionais e ideias convencionais do teatro. Em muitas peças, as interpretações aconteciam sem a caracterização dos atores, os textos não eram conflituosos e não expressavam ideologias. Por isso, as produções eram apontadas pelos críticos como desinteressantes e sem emoção.
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