O que é senso comum?
O senso comum é um tipo de pensamento que é transmitido de geração em geração, sem a certeza de que aquela teoria está correta. É, basicamente, uma definição popular, sobre a qual muitas pessoas têm certeza, mas sem comprovação científica, algum tipo de teste ou metodologia que valide o conteúdo que está sendo repetido.
Sobre o senso comum, não é possível dizer se é verdade ou mentira, se tem valor ou não, pois não se sabe realmente. Existem vários fatores que levam ao senso comum, entre os quais estão os seguintes:
- Crenças;
- Tradições culturais;
- Repetição sem pensamento crítico.
O senso comum não pode ser imediatamente invalidado, pois sem um teste apropriado, mesmo que ele possa ter vindo de uma repetição popular ou até de uma crendice, é impossível afirmar que ele esteja errado. Em outras palavras, o senso comum é um movimento e uma maneira de pensamento e comportamento, mas sem testes que servem para comprovar sua eficácia.
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História do senso comum
Na Grécia Antiga, filósofos já observavam o desenvolvimento do senso comum, influenciado principalmente pela opinião das pessoas. Então, surgiu a filosofia, necessária para questionar o senso comum.
Na filosofia, Antonio Gramsci, um pesquisador italiano, caracterizou o senso comum como algo positivo, acessível e necessário para toda a população. Para elaborar um raciocínio mais crítico, segundo o filósofo, é preciso avançar em estudos, geralmente feitos por pesquisas em universidades ou institutos.
Outros estudiosos acreditam que o senso comum é o início de uma grande e eficiente pesquisa. O conceito popular é o ponto de partida para que, em ambiente acadêmico, o tema seja trabalhado em todas as suas nuances e possibilidades. Ou seja, testado e comprovado!
O senso comum é a definição básica do cotidiano, garantindo praticidade no dia a dia, mas que está vinculado ao conhecimento vulgar, para alguns filósofos.
O fator de repetição é essencial para a criação de um senso comum. A mesma informação é repetida milhares de vezes, através dos anos, sem teste ou comprovação. Assim, acaba se tornando um senso comum, sendo verdade ou mentira.
A ciência existe para contrapor o senso comum ou para elaborar o conhecimento com base em estudos e conhecimento verdadeiro. Auguste Comte, com o positivismo, defendia o progresso da sociedade com base na realidade.
Os pensamentos incoerentes são uma inconsequência do senso comum. Quer um exemplo? Acreditar que a Terra é plana e que existem etnias ou gêneros humanos inferiores. Essas são consequências absurdas do senso comum e da falta de uma análise crítica fundamentada na ciência.
A fonte de conhecimento mais importante na nossa evolução é, de fato, a ciência. As pesquisas científicas revolucionaram a nossa sociedade com consequências muito positivas em diversas áreas, desde a aviação até a medicina.
O senso crítico é usado para questionar o senso comum e, para isso, se apoia na desconfiança da informação de base. Por isso, quando ouvir algo de alguém, questione se isso é verdade ou mentira e busque fontes de informação que sejam mais seguras.
Um dos perigos bem atuais do senso comum é a criação de “fake news”, notícias falsas que são espalhadas pelas mídias sociais, que podem conter informações preconceituosas e prejudiciais a alguns grupos específicos da sociedade.