Doenças

Nova lei de internação de usuário de crack

Uma medida polêmica tem dividido opiniões entre especialistas em saúde pública. Uma política de internação compulsória de dependentes de crack tem chamado a
atenção da mídia por recolher e internar pacientes contra sua vontade.

A nova legislação dá aos médicos o aval para decidir se um paciente deve ou não ser internado. No caso dos adictos dependentes de crack, que ficam nas cracolândias das grandes cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro, a internação é feita com base no risco de vida que o dependente está correndo.

Essa lei já foi aprovada em São Paulo e no Rio. Assim, os médicos desses estados têm autonomia para decidir sobre a internação involuntária de qualquer dependente químico. A lei estabelece que os adictos podem ser recolhidos e enviados para clínicas e hospitais para tratamento por até 120 dias.

O Projeto de Lei 7663/2010 foi elaborado a partir de visitas a diferentes focos de uso e tratamento de dependentes químicos no país. A legislação trata da internação compulsória, da prevenção, do tratamento e acolhimento, da reinserção social, da repressão ao tráfico e do financiamento para políticas públicas de combate às drogas.

Psiquiatras já se posicionaram a favor da internação involuntária, garantindo que o método promove a abstinência forçada com o objetivo de ajudar o paciente.
Uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo mostrou que o Brasil tem 2,6 milhões de usuários de crack e cocaína.