Lasar Segall foi um pintor, escultor e gravurista expressionista, que se notabilizou no início do Século XX. Nasceu na cidade de Vilna, Lituânia, no dia 21 de julho de 1891, e se naturalizou brasileiro, tendo falecido na cidade de São Paulo, no dia 2 de agosto de 1957. A cidade abriga, até os dias atuais, o Museu Lasar Segall, no endereço onde morou, na Vila Mariana, onde está abrigado um acervo de aproximadamente 3 mil obras de arte.
Segall faleceu no mesmo ano em que realizou-se em Paris a “Exposição Segall”, consagração de sua obra, no Museu de Arte Moderna. Na ocasião, foram expostos 61 quadros, 22 esculturas e 200 desenhos, pinturas e aquarelas, que retrataram uma obra que, além do expressionismo, apresenta traços da escola impressionista e do modernismo.
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Características da Arte Moderna
Segall dedicou sua arte a retratar figuras e situações do cotidiano, como a guerra e a prostituição, em traços sóbrios, porém não desprovidos de muita intensidade e beleza. Passou boa parte de sua vida no Brasil, país que o inspirou e local em que expôs obras com influência do movimento modernista, o que ainda era incomum no país.
Uma vida dedicada à arte
Segall utilizou em sua obra, além do óleo sobre a tela, processos de gravura, como a litogravura e a zincogravura, que conferiram um diferencial à sua arte. Buscou em sua pintura dar realismo às paisagens humanas retratadas. Dizia que era preciso aplicar ao processo criativo algumas distorções, o que fez com que sua obra apresentasse forte traço do Expressionismo.
Saiba mais sobre:
Expressionismo
Ingressou na Academia de Desenho de Vilna com 14 anos. Foi para Berlim, na Alemanha, em 1906, onde estudou na Academia Imperial por cinco anos. Estudou em 1911, na Academia de Belas Artesde Dresden. Veio para o Brasil em 1912, onde se juntou a seus irmãos. Fez duas exposições em São Paulo no ano seguinte e retornou à Europa em 1918, onde se casou com Margarete Quack.
Voltou ao Brasil em 1923, onde conferiu o caráter expressionista às suas pinturas. Divorciou- se e em 1925, casou-se pela segunda vez com Genny Klabin, união que lhe deu dois filhos. Inquieto, retornou à Europa em 1927 e foi viver em Paris. A vinda definitiva para o Brasil aconteceu em 1932. No Brasil, foi um dos fundadores da Sociedade Paulista Pró-Arte Moderna.
Algumas de suas muitas obras famosas são: Emigrantes, Homem com Violino, Retrato de Mario de Andrade, Mãe Morta, Família Enferma e Dois Irmãos.