Guilherme de Almeida
Guilherme de Andrade de Almeida foi advogado, poeta, jornalista, tradutor e ensaísta. Ele nasceu na cidade de Campinas, em São Paulo, no dia 24 de julho de 1890. Almeida veio de uma família com recursos financeiros. Seu pai, Estevam de Araújo Almeida, era professor de direito e jurista.
Guilherme de Almeida teve importante participação na organização da Semana de Arte Moderna de 1922, em São Paulo. Em 1925, foi um dos responsáveis pela conferência para a difusão da poesia moderna, que recebeu o nome de “Revelação do Brasil pela Poesia Moderna”. Essa conferência rodou pelo Brasil e aconteceu em importantes cidades, como Porto Alegre, Recife e Fortaleza.
Vida e obra de Guilherme de Almeida
Guilherme de Almeida viveu sua infância no interior de São Paulo, nas cidades de Limeira, Araras e Rio Claro. Em 1903, sua família se mudou para a capital paulista, onde o poeta estudou no Colégio de São Bento e no Ginásio Nossa Senhora do Carmo.
Em 1912, se formou no curso da Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Após a formatura, Guilherme de Almeida trabalhou como promotor público. Somente em 1923, ele começou a trabalhar exclusivamente como escritor, mas já havia publicado, em 1916, sua primeira obra, chamada de Mon Coeur Balance e Leur Âme, uma peça de teatro.
Nos anos seguintes, continuou a escrever peças, em parceria com Oswald de Andrade. Uma obra importante foi Théatre Brésilien.
Nos poemas, a primeira obra de Guilherme de Almeida foi batizada de “Nós”. Em seguida, ele lançou A dança das horas, Messidor e o Livro de Horas de Sóror Dolorosa. Em 1922, publicou a obra Era uma Vez.
No movimento da arte moderna no Brasil, Guilherme de Almeida conviveu com artistas como Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Di Cavalcanti e Menotti del Picchia. Ele também contribuiu para a fundação da revista Klaxon.
Leia também sobre a biografia de:
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O poeta foi casado com Belkiss Barroso do Amaral (Baby). Em 1925, lançou 4 livros de poemas, chamados de Narciso, Encantamento, Raça e Meu, todos faziam parte do movimento modernista.
Em 1932, Guilherme de Almeida atuou na Revolução Constitucionalista. Depois que o movimento chegou ao fim, ele acabou exilado em Portugal por um ano. O período o inspirou a escrever o livro de crônicas O meu Portugal, publicado em 1933.
Guilherme de Almeida fazia parte da Academia Paulista de Letras e da Academia Brasileira de Letras. Ele foi considerado o poeta mais popular de São Paulo.
Sua extensa obra conta com mais de 70 publicações, nos gêneros da prosa, poesia e ensaios. Ele também fez um excelente trabalho como jornalista e foi pioneiro na crítica cinematográfica no Brasil, escrevendo para o jornal O Estado de São Paulo entre 1920 e 1940.
Guilherme de Almeida morreu no dia 11 de julho de 1969, em São Paulo. A casa onde o poeta morava no bairro do Pacaembu, conhecida como a “Casa da Colina”, foi comprada pelo Governo do Estado e atualmente abriga o Museu Biográfico e Literário Casa Guilherme de Almeida e o Centro de Estudos de Tradução Literária.