História

Governo Costa e Silva

O governo Costa e Silva aconteceu de 15 de março de 1967 a 31 de agosto de 1969. Ele se tornou o 27º presidente do Brasil, depois que Castelo Branco deixou o poder.

Arthur Costa e Silva fazia parte do grupo mais repressivo da ditadura militar. O gaúcho era marechal do Exército Brasileiro ao assumir a presidência, além de ter atuado como Ministro da Guerra no governo do marechal Castelo Branco.

Fatos marcantes do governo Costa e Silva

Durante o governo Costa e Silva foi promulgado o AI-5, um dos mais temidos atos institucionais da ditadura. Essa lei dava ao presidente o poder para fechar o Congresso Nacional, para cassar mandatos políticos e para tornar a repressão institucionalizada no governo.

O período foi marcado por uma forte atuação militar contra as atividades subversivas. A tortura e os assassinatos foram crescentes neste governo.

Economia

Na economia, Costa e Silva buscou implementar uma política de desenvolvimento. Delfim Neto foi chamado para assumir o Ministério da Fazenda.

O Plano de Ação Econômica do Governo (PAEG) tinha como objetivo conter a inflação e estimular a retomada do crescimento econômico do Brasil. As estratégias contaram com o congelamento salarial e a abertura da economia ao capital estrangeiro. A concessão de crédito para a classe média também foi estimulada.

Entre os movimentos subversivos da época, a figura de Carlos Lacerda foi um destaque. Ele, junto com outros políticos e guerrilheiros, criou a Frente Ampla, um grupo que lutava pela preservação da soberania nacional.

Neste período, protestos contra o regime militar aconteceram em várias regiões do país. Um dos mais marcantes foi a Passeata dos Cem Mil, que ocorreu no Rio de Janeiro.

A luta armada também se tornou uma realidade no Brasil. Inspirados na Revolução Cubana, os guerrilheiros adotavam estratégias para acabar com o regime militar. Os principais grupos revolucionários foram a Ação Libertadora Nacional (ALN), o Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8) e a Ação Popular Marxista Leninista (APML). O governo militar respondeu às ameaças com violência e com a instalação do Ato Institucional nº 5, em 1968.

Presidente Costa e Silva
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Costa e Silva

O presidente Costa e Silva acabou afastado do governo por conta de um derrame cerebral. O vice-presidente, Pedro Aleixo, foi impedido de assumir o cargo. No lugar, assumiu o general Emilio Garrastazu Médici.

Fim do governo Costa e Silva

Logo após deixar o governo por conta de seu estado de saúde, Costa e Silva morreu, no dia 17 de dezembro de 1969, aos 70 anos de idade.