Biografias

Franklin Távora

João Franklin da Silveira Távora nasceu na cidade de Baturité, no Ceará, no dia 13 de janeiro de 1842. Filho de Camilo Henrique da Silveira Távora e Maria de Santana da Silveira, iniciou seus estudos em Fortaleza, e em 1884, se mudou com os seus pais para Pernambuco. Estudou ainda em Goiana e Recife e matriculou-se depois em Direito, no ano de 1859. Terminou o curso no ano de 1863.

Foto do João Franklin da Silveira Távora

Além de advogado, durante a sua vida trabalhou também como jornalista, político, romancista e teatrólogo. Além dessas ocupações, chegou a exercer alguns cargos públicos nas cidades onde morava.

No ano de 1874 se mudou para o Rio de Janeiro, onde trabalhou como funcionário da Secretaria do Império. Quando trabalho como jornalista, foi o responsável por escrever A Consciência Livre, de 1869 a 1870 e A Verdade, 1873. Como escritor, publicou diversos livros, contendo contos e romances. Foi o fundador e diretor da Revista Brasileira, no mesmo momento em que inicia a reconstituição do passado de Pernambuco, escrito em forma de ficção e investigação histórica. Contribuiu diretamente com a história e o folclore brasileiros, muito dessa contribuição de seu através dos livros Lendas e Tradições Populares, de 1878 e de outros vários fragmentos históricos.

Com sua incessante sede de escrever, contribuiu também com a arte, escrevendo peças para o teatro, tendo como destaque duas peças suas: “Um mistério de família” de 1861 e “Três Lágrimas”, de 1870.

Quando ainda era advogado, passou a trabalhar com política, sendo eleito Deputado Provincial. Quando atuou na política, atuou fazendo uma campanha acirrada contra José de Alencar, unicamente porque não concordava com o seu pensamento romântico.

Franklin Távora foi um dos primeiros escritores a utilizarem termos do Realismo e do Naturalismo no Brasil, embora sejam encontradas muitas características do Romantismo em suas obras.

Foto do João Franklin da Silveira Távora

Utilizou o pseudônimo de Semprônio para escrever “Cartas a Cincinato”, onde tentou denegrir a imagem de José de Alencar, e foi quando também tentou iniciar uma campanha aa favor da literatura regionalista, pois acreditava que eram nas regiões que moravam as verdadeiras nacionalidades que deveriam ser expressadas através da literatura brasileira.

Sua obra tinha como característica o nacionalismo e o regionalismo, mantendo-se fiel ao seu estilo, sendo totalmente diferente da maioria dos outros autores românticos. Foi o fundador da Associação dos Homens de Letras e foi sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.

É patrono da cadeira de número 14 da Academia Brasileira de Letras, escolhido pelo próprio fundado da Casa, Clóvis Beviláqua.
Depois de ver tanta coisa, testemunhar vários acontecimentos e causos, ficou desiludido com a literatura e a política e, já no final da sua vida, queimou alguns textos inéditos que havia escrito, tamanha era a sua desilusão.

Querendo criar um novo conceito, como “Literatura do Norte”, contrapondo José de Alencar, quem ele não gostava, Franklin Távora escreveu os romances “Os índios do Jaguaribe”, “A casa de palha”, “Um casamento no arrabalde”, “O cabeleira e o Matuto”,
também foi o responsável por escrever contos como “A Trindade maldita”.