Filósofos Pré-Socráticos
Os pensadores pré-socráticos são conhecidos pela busca de respostas na cosmologia, com a observação da realidade e gênese do cosmos para embasar os seus estudos. Eles são muito importantes, pois abandonaram a ideia de que tudo teria sido criado por Deus e recorreram a uma análise em busca de algo real, de alguma partícula que fosse capaz de dar razão ao universo.
Os filósofos pré-socráticos estavam interessados no princípio gerador da vida e do universo para compreenderem a realidade.
Para isso, buscaram respostas em alguns elementos, entre eles os seguintes:
- Infinito
- Átomo
- Terra
- Ar
- Água
Para entender os filósofos pré-socráticos, é necessário conhecer dois conceitos:
- Physis – Filosofia que estuda a evolução da natureza ou a própria natureza em si.
- Arché – Princípio da origem do universo.
Para os pré-socráticos, arché incluía todos os elementos listados acima.
Quais são os filósofos pré-socráticos mais conhecidos?
Nomes muito importantes da filosofia fazem parte dos pensadores que integram o movimento pré-socrático. Entre eles estão os seguintes:
- Tales de Mileto
- Heráclito e Parmênides
- Pitágoras de Samos
- Zenão de Eleia
- Demócrito de Abdera
O termo pré-socrático não é cronológico, mas usado para identificar o método de pesquisa do filósofo, mesmo que ele tenha nascido depois de Sócrates. Os pensadores que se dedicam para compreender a Arché podem ser classificados como pré-socráticos.
Tales de Mileto (624-546 a.C.)
Um filósofo inovador e que passa a estudar a água como fonte de origem do universo ou arché. Para ele, os elementos do universo teriam surgido a partir de algo material, como a água.
Veja mais: Biografia do Tales de Mileto
Além disso, para ele, a água era diferente, pois poderia ser encontrada em todos os estados físicos (sólido, líquido e gasoso) e isso demonstrava sua capacidade de ter gerado outras coisas.
Heráclito de Éfeso (± 535-475 a.C.)
Para este pensador pré-socrático, o fogo era responsável pelas mudanças. Além disso, a água só mudava de estado físico através do fogo.
Parmênides de Eleia (± 515-445 a.C.)
Para ele, a verdade do Universo estava no estudo do ser, com uma abrangência transcendental, através do homem sensorial, pelo pensamento humano e pela percepção das coisas. O observador acreditava que tudo flui e que, ao contrário do que apresentava seus antecessores, não havia uma divisão entre as coisas.
Pitágoras de Samos (± 570-495 a.C.)
Para ele, os números deveriam representar o Universo. Ele usava em suas teorias, estudos e observações, a relação matemática, de somas e proporções. Era capaz de perceber a existência de números em todas as coisas.
Veja mais: Biografia do Pitágoras de Samos
Demócrito de Abdera (± 460-371 a.C.)
Este observador adotou uma abordagem plural e múltipla. Seus estudos caminharam para mostrar que a composição do Universo dependia da harmonia de um todo bem maior e mais complexo. Entre suas definições estão as coisas indivisíveis, presença do átomo em todas as formas, existência de matérias que são invisíveis e possibilidade do infinito.
Veja mais: Biografia do Demócrito de Abdera
É possível observar que os filósofos pré-socráticos estudavam e aprimoravam as teorias de seus antecessores, criando uma corrente de estudo com o objetivo de obter respostas mais precisas e abrangentes, desde Tales de Mileto até Demócrito de Abdera.
Aula de filosofia, sobre os filósofos pré-socráticos ministrada pelo professor Gui de Franco:
Veja também:
Pensamento Dedutivo e Indutivo