Escolas Literárias do Brasil
As Escolas Literárias do Brasil correspondem às formas como estão divididas as correntes de literatura, mediante as características apresentadas em cada uma delas. Essa divisão depende, entre outros aspectos, principalmente dos momentos históricos.
Também chamadas de movimentos literários, as escolas literárias dividem-se em eras, sendo as mais comuns a era colonial e a era nacional.
Escolas da Era Colonial
As escolas da era colonial refletem a influência da literatura portuguesa, afinal surgem com o descobrimento do Brasil e permanecem até alguns anos antes da sua independência. Confira!
Leia: Periodização da Literatura Brasileira
Quinhentismo (1500 – 1601)
Nesta escola, as obras eram didáticas e pedagógicas, feitas com o objetivo de informar o leitor. O autor mais conhecido foi Pero Vaz de Caminha, com a obra Carta de Pero Vaz de Caminha ao rei D. Manuel. Outro escritor foi José de Anchieta, com a obra Poema à Virgem.
Barroco (1601 – 1768)
É uma escola que se destaca pelas obras cultas, com conceptismo. A linguagem é rebuscada, exagerada e repleta de detalhes. Entre os principais autores estão Botelho de Oliveira, com a obra Música do Parnaso, além de Gregório de Matos, com a obra Triste Bahia.
Arcadismo (1768 – 1808)
Todos os temas usados para a elaboração das obras são mais simples, a linguagem é simplificada também e a natureza é um dos assuntos mais exaltados pelos autores. Entre os escritores mais conhecidos estão Tomás Antônio Gonzaga, com o livro Marília de Dirceu, além de Cláudio Manuel da Costa, com suas Obras Poéticas.
Escolas da Era Nacional
Quando a produção literária brasileira alcança sua independência e autonomia, aparecem novas escolas literárias do Brasil. Veja!
Romantismo (1836 – 1881)
O Romantismo é separado nas seguintes fases:
1.ª fase
Obras caracterizadas pelo indianismo e nacionalismo. O autor mais conhecido é Gonçalves Dias, com sua obra Canção do Exílio.
2.ª fase
Marcada pelo pessimismo e egocentrismo. Um dos escritores mais famosos da época foi Álvares de Azevedo, com a obra Lira dos Vinte Anos.
3.ª fase
Marcada pela liberdade das obras, essa fase foi protagonizada pelo escritor Castro Alves, com a obra O Navio Negreiro.
Realismo, Naturalismo e Parnasianismo (1881 – 1893)
O Realismo era uma escola literária brasileira que tratava suas obras com muita objetividade e a temática era social. Um dos autores mais conhecidos foi Machado de Assis, com seu livro Memórias Póstumas de Brás Cubas.
O Naturalismo era uma escola literária brasileira polemista, com uma abordagem mais coloquial na sua obra. Isso pode ser bem observado no livro O Mulato, de Aluísio de Azevedo.
O Parnasianismo foi uma escola estética, onde a forma da arte era apreciada pelos próprios autores, valia a arte pela arte. O livro Tratado de Versificação, de Olavo Bilac, foi um marco nessa escola literária do Brasil.
Veja: Autores Realismo, Naturalismo e Parnasianismo
Simbolismo (1893 – 1910)
Essa é uma escola literária do Brasil que tem uma abordagem mística em suas obras, com foco na espiritualidade e no subjetivismo. Entre as obras de destaque estão Augusto dos Anjos com o livro Eu, além de Alphonsus de Guimarães com Kyriale.
Pré-Modernismo (1910 – 1922)
Esta escola quebra o vínculo com a academia, seus personagens são marginais, as obras ganham uma nova forma. Destacam-se os escritores Euclides da Cunha, com o livro Os Sertões, e Lima Barreto com o clássico Triste Fim de Policarpo Quaresma.
Modernismo (1922 – 1950)
A escola modernista foi definida por 3 fases. São elas:
1.ª fase
Houve nesta fase um rompimento radical com o passado, para uma grande renovação estética, como é notado na obra de Manuel Bandeira, no livro Libertinagem.
2.ª fase
Nesta fase, os temas nacionais entram no foco dos artistas. Em Vidas Secas, de Graciliano Ramos, observamos este movimento.
3.ª fase
Esta é uma fase de experimentação, com várias inovações, principalmente na forma linguística dos livros. Em A Legião Estrangeira, de Clarice Lispector, é possível notar essa vertente.
Pós-Modernismo (1950 até os dias atuais)
Essa é uma escola literária brasileira inovadora, que combina várias tendências diferentes, tem obras com plena liberdade artística, sendo muito espontânea. Entre os destaques estão Ariano Suassuna, com o livro O Auto da Compadecida, e Millôr Fernandes, com a Bíblia do Caos.