Mesmo estando no século XXI, ainda não conseguimos apaziguar um desafio: construir uma escola sem exclusão, com respeito aos direitos humanos. Uma escola onde a justiça, o respeito, o diálogo, o convívio passam ser tão importantes como alguns conteúdos de História ou de Matemática por exemplo. Mas como o vário setor da sociedade tem contribuído para que a escola possa vencer esse desafio?
Sabemos que é inegável a importância da escola para consolidar a integração do aluno à sociedade. É no ambiente escolar que começam a ser estabelecidos relações que são fundamentais para o convívio social, mas antes de tudo cabe ao professor promover a dialogicidade entre os alunos, tornado agradável essa convivência.
Podemos usar lápis e papel para desenhar o que poderia ser uma escola ideal. Um prédio, talvez não muito grande, com cara de casa, sólido e protetor. Nesse lugar ideal, professores e professoras trabalham bem dispostos e satisfeitos. Alunos e alunas preocupados, aproveitam seu espaço natural, a escola. Essa imagem não é um retrato fiel das relações entre alunos e professores dentro da escola. A verdade, a sala de aula esta repleta de emoções e afetos contraditórios, sentimentos humanos que muitas vezes são difíceis de conhecer e de tolerar.
Na escola esse convívio afetivo também faz parte das relações entre professor e aluno. A escola tem a competência de conduzir o aluno na transição do ambiente familiar para o convívio social. A tarefa da escola é construir e reconstruir com as crianças as regras gerais que regem o convívio humano e a bagagem cultural acumulada ao longo das gerações, e as emoções, caro, fazem parte desse processo.
É muito gostoso refletir sobre as emoções quando pensamos em educação, pois todos nós sabemos que é gostoso aprender com emoções afloradas. Quando falamos em convivência e não ligarmos esta, por exemplo, nas questões das artes que nos causam emoções, das emoções que nos levam para o pensamento crítico, não estamos valorizando o verdadeiro sentido das relações humanas.
Infelizmente, muitos colegas hoje não valorizam essa questão. Isso faz com que a escola seja empobrecida pelos olhos de sua comunidade Assim, (re)pensar essa visão pequena, arcaica e tradicional é obrigação de todos, parara a renovação das relações na escola.
Fonte:
Cedir.hpg.ig.com.br – Cledir Rocha Pereira, Licenciado em Pedagogia com Habilitação em Supervisão Escolar e Matérias Pedagógicas do Ensino Médio, pela Universidade Luterana do Brasil, Canoas/RS
Créditos Imagem – casaconhecimento.com.br