Emprego do H – G – J – SS – Ç e Outros
Emprego do H
Certamente você já deve ter tido alguma dificuldade com o emprego do h. As regras que se seguem vão ajudá-lo a resolver muitas de suas dúvidas:
1. O h etimológico aparece no início de palavra primitiva, mas desaparece na derivada. Exemplos:
humanizadas (mas desumanizadas), habitável (mas inabitável), harmonia (mas desarmonia), hábil (mas inábil), honesto (mas desonesto), herdar (mas deserdar)
2. O h permanece nos compostos ligados por hífen. Exemplo:
anti-higiênico pré-histórico sobre-humano super-homem pseudo-herói mal-humorado
Como o h não tem valor fonético, quer dizer, não é pronunciado, somente a prática ou um bom dicionário poderão dar-lhe a certeza sobre se a palavra tem h inicial ou não. Eis algumas palavras que, por vezes, podem nos confundir:
ontem, úmido, ombro, hesitar, hoje, humilde, êxito, erva, ermo, herbívoro
3. Por força da tradição, escrevemos com h o substantivo próprio Bahía (estado brasileiro).
Seus derivados, porém, dispensam o h: baiano, baianada, etc. O acidente geográfico, contudo, é escrito sem h: baía.
4. Usamos a letra h nos dígrafos ch, 1h e nh: cacho, palha, pinha.
5. O h costuma aparecer no início ou no fim de certas interjeições:
ah! oh! ih! bah! hem! bem!
Emprego de G – J
1. Com som de j, a letra g só pode ser empregada antes das vogais e e i. Exemplos:
gente – urgente – girafa – gengiva
2. Emprega-se o j, porém, antes das vogais a, o e u. Exemplos:
jumento – varejo – juba – sertanejo – granja
IMPORTANTE
Em muitos casos, usa-se o j, também, antes de e e de i. Vejamos quando isso ocorre:
a) em palavras derivadas de outras que já se escrevem com j Exemplos:
laranja: laranjeira, laranjinha, laranjeirense
encorajar: que tu encorajes, que nós encorajemos (mas a coragem) loja: lojinha, lojista, lojeca
viajar: que tu viajes, que eles viajem (mas a viagem) canja: canjica
ultrajar: eu ultrajei, que eles ultrajem, o ultraje sujo: sujeira, sujinho
anjo: anjinho (mas angélico) varejo: varejista
trajar: que tu trajes, que eles trajem, o traje
b) quando a origem latina da palavra assim o exigir. Exemplos:
jeito — hoje — injeção — interjeição — jeitoso — ajeitar — rejeitar — jejum —jejuar — jesuíta, etc.
c) em palavras de origem tupi-guarani ou africana. Exemplos:
pajé — jequitibá — jerimum — jiló — Moji — jirau — jê, etc.
3. Emprega-se também a letra g:
a) na terminação -gem:
viagem — bobagem — linhagem — penugem — homenagem, etc. Exceções: lambujem, pajem.
b) nas terminações -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio
pedágio — privilégio — vestígio — relógio — refúgio, etc.
Emprego de L — U
Outra dificuldade ortográfica, proveniente da pronúncia, é a troca do u por 1 e vice-versa.
Exemplos: alto-falante, automático.
Emprego de O — U
Freqüentemente, também em razão da pronúncia, troca-se o o pelo u e vice-versa. Exemplos:
boate — chover — costume — engolir — burburinho — mágoa —jabuticaba — entupir — jucundo — cutucar — lóbulo
Emprego de E —1
Devido ao hábito de, em algumas palavras, pronunciar-se o i em vez do e átono, fica difícil distinguir qual a grafia correta. Exemplos:
marceneiro — lêndea — mexerica — eletricista — privilégio
Emprego de SS — Ç
Veja, agora, algumas “dicas” para não confundir o emprego de ss com ç.
1. Grafam-se com ss os nomes a que correspondem verbos cujo radical é ced. cessão (de ceder) — acesso (de aceder)
2. Escrevem-se com ss os nomes a que correspondem verbos cujo radical é gred regressão (de regredir) — agressão (de agredir)
3. Grafam-se com ss os nomes a que correspondem verbos cujo radical é prim:
impressão (de imprimir) — repressão (de reprimir)
4. Escrevem-se com ss os nomes a que correspondem verbos derivados de meter: intromissão (de intrometer) — submissão (de submeter)
5. Grafam-se com 5505 nomes a que correspondem verbos terminados em tir:. discussão (de discutir) — admissão (de admitir)
6. Emprega-se ç nos derivados de palavras terminadas em to:
isenção (de isento) — canção (de canto) — alçar (de alto) — ação (de ato)
7. Usa-se ç nos derivados do verbo ter e seus compostos:
detenção (de deter) — contenção (de conter) — retenção (de reter)
8. Emprega-se ç após ditongos:
eleição (ei = ditongo) — afeição (ei = ditongo) — traição (ai = ditongo)
9. Usa-se ç nos vocábulos de origem:
árabe: açúcar — açucena — açafrão — muçulmano — açafate
tupi-guarani ou africana: araçá — Iguaçu — Juçara — miçanga — paçoca —Paraguaçu — moçorá — caçula — muçurana
10. Grafam-se com ç as palavras em cuja formação entram os sufixos -ação, -aça, -aço, -iço,
-iça e -uça:
marcação — armação — embarcação — alegação; barcaça — mulheraça — carcaça linhaça; ricaço — mormaço — laçaço — estilhaço; enfermiço; carniça; dentuça
Emprego de S — Z
Sobre a grafia com sou com z, observe as seguintes regras:
1. Grafam-se com s (ísar) os verbos que derivam de palavras cujo radical apresenta a letra s.
Exemplos:
alisar (de liso) — improvisar (de improviso) — paralisar (de paralisia) —divisar (de divisa) — pesquisar (de pesquisa)
2. Escrevem-se com z (izar) os verbos que derivam de palavras cujo radical não apresenta a
letra z Exemplos:
agonizar (de agonia) — amortizar (de morte) — fraternizar (de fraterno) —amenizar (de ameno) — atualizar (de atual)
3. São grafados com s (esa) os substantivos que não derivam de adjetivos. Exemplos:
marquesa (de marquês) — defesa (de defender) — camponesa (de camponês)
4. Grafam-se com z (eza) os substantivos que derivam de adjetivos. Exemplos:
baixeza (de baixo) — gentileza (de gentil) — frieza (de frio) — magreza (de magro)
Emprego do S
1. Grafam-se com s os nomes a que correspondem verbos cujo radical termina em nd expansão (de expandir) — suspensão (de suspender) —pretensão (de pretender) — ascensão (de ascender)
2. Escrevem-se com s os nomes a que correspondem verbos cujo radical termina em rg ou rt imersão (de imergir) — inversão (de inverter) — conversão (de converter) —diversão (de divertir)
3. Usa-se s nos nomes a que correspondem verbos cujo radical é pelou corri expulsão (de expelir) — discurso (de discorrer) — concurso (de concorrer)
TESTES
A frase em que todas as palavras estão corretamente grafadas é:
a) Ele acha que é a marezia que corróe os metais de forma implacável.
b) Que prazeroso o momento em que o charreteiro me passava as rédeas…
c) Espero que o rapazinho não continui tão dispercivo nos estudos.
d) Às vezes o silencio traz mais constranjimento do que as mais rispidas palavras.
e) O carro foi abalrroado e ninguém quis assumir os prejuísos.
Assinale a opção em que todas as palavras se completam adequadamente com as letras entre parênteses:
a) mi__ to; ve__ame; e __emplar. (x)
b) empeci__o; famí__a; estarda__aço. (lh)
c) __unidade; __umidade; __ombridade. (h)
d) cabe__reiro; estrang__ro; praz__roso. (ei)
e) di__ernir; di__ente; côn__io. (sc)
O convite já foi……..; contamos com o……..de recebê-lo em nossas……..de prata.
a) expedido – privilégio – bodas
b) expedido – previlégio – bôdas
c) espedido – privilégio – bodas
d) espedido – privilégio – bôdas
e) espedido – previlégio – bodas
Gestos……..eram uma das expressões de sua………
a) majestáticos – extroverção
b) majestáticos – extroversão
c) magestáticos – extroversão
d) magestáticos – extroverção
e) magestáticos – estroverção
I – O Congresso deveria _______ o _______ de todos os políticos corruptos.
II – Quando há muita _______ é preciso dirigir com o máximo de cautela.
III – Os jurados não concordaram em _______ o réu acusado de _______ negros em seu restaurante.
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas acima.
a) cassar – mandado – serração – descriminar – discriminar
b) cassar – mandato – serração – discriminar – descriminar
c) caçar – mandato – serração – descriminar – descriminar
d) cassar – mandato – cerração – descriminar – discriminar
e) cassar – mandato – cerração – discriminar – discriminar
GABARITO: 1) B, 2) C, 3) A, 4) B, 5) D
Veja também:
Ortografia da Língua Portuguesa