A concordância verbal existe para que o verbo e o sujeito da oração funcionem em harmonia, de maneira correta. Sendo assim, se o sujeito está no plural ou no singular, o verbo também precisa estar em sintonia, da mesma forma, em concordância.
Veja um caso:
Eu fico feliz quando os jogadores agradecem a torcida.
Nós ficamos felizes quando o jogador agradece a torcida.
Nestes dois exemplos, quando há mudança do sujeito do singular para o plural, o verbo acompanha essa mudança:
Eu + fico
Jogadores + agradecem
Nós + ficamos
Jogador + agradece
Existem algumas regras de concordância verbal.
Se o sujeito for coletivo, o verbo permanece no singular. Veja:
A alcateia atravessou na frente do carro.
Caso haja especificação do coletivo, a concordância verbal pode ser feita no singular ou plural.
Em coletivos partitivos, a concordância verbal pode ser feita no singular ou plural. Veja:
A maior parte dos alunos faltou na aula.
A maior parte dos alunos faltaram na aula.
O verbo vai concordar com o numeral em expressões “cerca de”, “menos de” e “mais de”. Veja:
Mais de um cliente quis conhecer o produto.
Mais de 4 mulheres quiseram comprar os sapatos.
Em caso de reciprocidade com “mais de”, a concordância verbal deve ser feita com o verbo no plural. Veja:
Mais de uma pessoa se aterrorizaram.
A concordância verbal com nomes próprios precisa seguir o artigo. Veja:
Os Estados Unidos mandam na ONU.
Estados unidos manda na ONU.
No uso do pronome relativo que, a concordância verbal é feita com o antecedente. Veja:
Foi ele que tentou.
Foi tu que tentaste.
No uso de quem, a concordância verbal pode ser feita da seguinte maneira:
Foi ele quem escolheu o evento noturno.
Fui eu quem escolhi o evento noturno.
No uso da expressão “um dos que”, a concordância verbal pode ser no singular ou no plural. Veja:
Ele foi um dos que mais gostou do passeio.
Ele foi um dos que mais gostaram do passeio.
Em sujeitos sinônimos, a concordância pode ser feita no plural ou singular. Veja:
Vontade e perseverança pode trazer bons resultados.
Vontade e perseverança podem trazer bons resultados.
No caso de enumeração e graduação, a concordância verbal pode ser feita no singular ou plural. Veja:
Um dia, dois meses ou 3 anos não foi suficiente.
Um dia, dois meses ou 3 anos não foram suficientes.
Se “ou” for usado no seguinte caso, a concordância verbal é feita com o último elemento antes do verbo. Veja:
Carlos ou João terá mais chances.
Caso a ligação dos sujeitos ocorra com “nem”, o verbo deve seguir para o plural. Veja:
Nem dinheiro nem cartão de crédito são necessários para pagar o hotel.
Se “com” for usado no sujeito com o sentido de “e”, o verbo também vai para o plural. Veja:
Pedro com Antonio compraram um carro novo.
Estes são os casos mais comuns de concordância verbal, que devem sempre ser seguidos com a finalidade de garantir orações corretas, de acordo com a norma culta da Língua Portuguesa.