Como está o índice de desmatamento na Amazônia Legal?
Em 2012, o Ministério do Meio Ambiente anunciou que o desmatamento na Amazônia Legal alcançou o menor índice da série de histórica de mapeamentos. As medições na região foram iniciadas em 1988 e, ano após ano, a situação de degradação da floresta foi sendo amenizada.
A notícia da queda do desmatamento animou os ambientalistas brasileiros. O governo também comemora, e apresenta algumas medidas como sendo responsáveis pela redução da devastação, entre elas uma maior prioridade na fiscalização da Amazônia Legal.
Segundo o Prodes – Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal, entre agosto de 2011 e julho de 2012 houve uma perda de 4.656 km² de floresta, uma área equivalente a três vezes o tamanho de São Paulo. Apesar de ser um número ainda preocupante, o índice já é 27% menor que o total registrado no período entre agosto de 2010 e julho de 2011, quando foram destruídos 6.418 km².
Outro motivo que tem contribuído para a redução do desmatamento é a lista federal de municípios que mais desmatam o bioma. O documento foi criado em 2007 pelo governo federal para aumentar a fiscalização nessas localidades. Assim, por saberem que estão na mira do governo, essas cidades deixam de desmatar a floresta.
Atualmente, 46 prefeituras têm fiscalização prioritária na região da Amazônia, e essas cidades correm o risco de sofrer sanções, como a não liberação de crédito agrícola a produtores rurais, caso estejam desmatando a floresta. Essa fiscalização acontece, principalmente, nos Estados do Pará, Mato Grosso, Roraima, Amazonas, Rondônia e Maranhão.
Além disso, o governo tem reforçado ações de fiscalização geral, como o monitoramento da atividade pecuária e a exigência do Cadastro Ambiental Rural (CAR) para produtores de carne.
Dados do Inpe – o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, mostram que o Pará tem sido o estado que mais desmata a Amazônia.
Uma nova ação que o governo federal passará a usar para combater o desmatamento é um sistema eletrônico para autos de infração, que será ligado a um banco de dados central e que vai permitir que a fiscalização do Ibama seja mais rápida e efetiva. Esse sistema será utilizado para controle ambiental, combate a incêndios, licenciamento ambiental, além do Cadastro Ambiental Rural (CAR).