Camilo Castelo Branco foi um dos maiores escritores portugueses, sua obra mais celebre intitulada “Amor de Perdição” foi o marco do estilo da novela passional em seu país. Camilo teve uma vida agitada e acabou sendo envolvido em muitos escândalos amorosos. Camilo foi responsável por crônicas irreverentes que publicava nos jornais daquela época. Também cursou a faculdade de Medicina, porém, não concluiu os estudos, preferindo dedicar-se a literatura.
Camilo nasceu em 16 de Março de 1825 e acabou ficando órfão de mãe um ano após seu nascimento, o pai, Manuel Joaquim Botelho Castelo Branco cuidou do filho e de sua educação até a tenra idade de dez anos, quando, infelizmente, acabou ficando órfão de pai também. Camilo morou com parentes até seus dezesseis anos, quando conheceu uma jovem de quatorze ano chamada, Joaquina Pereira, a qual desposou, no entanto, o casamento não durou muito tempo.
Em 1845, Camilo publicou seus primeiros trabalhos e no ano seguinte, acabou fugindo com uma jovem chamada, Patrícia Emília, contudo, como a primeira, acabou abandonando anos depois. Em 1847, Joaquina Pereira, a esposa legitima falece e no ano seguinte, é a vez de sua filha fechar os olhos para sempre. Com tantas mortes e separações, Camilo, no ano de 1850 acaba sofrendo uma crise espiritual e, tomado pela emoção, ingressa no Seminário do Porto.
No mesmo ano, Camilo conhece outra mulher, desta vez, uma mulher casada. Seu nome, Ana Plácido. A mulher acabou abandonando o marido para viver ao lado de Camilo no ano de 1859 e um ano após a união, Camilo acabou sendo preso e processado por adultério, mas acabou saindo livro no ano seguinte, podendo viver tranquilamente com sua nova mulher, Ana. Ambos decidiram mudar para Lisboa e logo em seguida para São Miguel de Seide, onde o casal amargou grandes crises financeiras.
Uma vida tão cheia de altos e baixos só poderia inspirar o coração do autor e no ano de 1863 lança “Amor de Perdição”. Camilo começa a despontar na literatura portuguesa pelo fato de valorizar os costumes, os sentimentos e o modo de ser do povo português. No ano de 1889, Camilo se torna uma celebridade do país, chegando a ser homenageado pelo Academia de Lisboa.
Camilo descobriu que possuía uma doença que deteriorava pouco a pouco seu sentido da visão, ao conhecer tal fato, adentrou os meandros escuros da depressão, o qual acabou resultando em suicídio. Camilo não queria ficar cego e no dia 1 de junho de 1890, em São Miguel de Seide, tirou a própria vida.
Abaixo, a lista por ordem cronológica de seus trabalhos:
Mistérios de Lisboa (1854), Duas épocas na vida (1854), O livro negro do padre Dinis (1855), Vingança (1858), Carlota Ângela (1858), A morta (1860), O romance de um homem rico (1861), Amor de perdição (1862), Amor de salvação (1864), O olho de vidro (1866), O retrato de Ricardina (1868), A mulher fatal (1870), Doze casamentos felizes (1861), Estrelas funestas (1861), Estrelas propícias (1863), Coração, cabeça e estômago (1862).