Bartolomeu de Gusmão (1685-1724)
Padre jesuíta, Bartolomeu Lourenço de Gusmão nasceu em Santos, SP, em 1685.
Com apenas 20 anos de idade inventou um aparelho que fazia subir a água de um riacho até uma altura de cerca de 100 metros.
Após os estudos secundários, embarcou para a metrópole portuguesa e matriculou-se na Universidade de Coimbra, onde desenvolveu seus estudos de Física e Matemática.
Consta que ao observar uma pequena bola de sabão pairando no ar, elevada pelo ar quente da chama de uma vela, Bartolomeu de Gusmão se inspirou para conceber um aparelho mais leve que o ar.
Entregou, então, ao Rei D. João V uma petição de privilégio sobre a sua “máquina de voar”, sendo que o alvará lhe foi concedido em 19 de abril de 1709, no Palácio da Côrte Portuguesa, diante de D. João V, da Rainha, do Núncio Apostólico, Cardeal Conti (então futuro papa Inocêncio XIII), do corpo diplomático e demais membros da corte.
Gusmão fez elevar-se a cerca de 4 metros de altura um pequeno balão de papel pardo grosso, cheio de ar quente, produzido por fogo contido numa tigela de barro.
Com receio de que as cortinas do palácio se incendiassem, dois criados destruíram o balão, mas a experiência, coroada de êxito e que havia impressionado muito a Coroa, já estava registrada na história. As experiências de Gusmão prosseguiram com balões de maior tamanho.
Finalmente, embora não existam provas decisivas sobre isso, consta que um balão enorme foi lançado na praça de armas do Castelo de São Jorge e caiu depois de percorrer um quilometro.
Bartolomeu de Gusmão faleceu como indigente e com o nome falso, em 19 de novembro de 1724, na Espanha.