A Ação Integralista Brasileira foi um grupo político criado no ano de 1930, que fazia oposição aos políticos denominados de esquerda. Isso se deu porque vários grupos políticos foram sendo formados no Brasil, sempre de olho na derrubada do regime das oligarquias e visando a oficialização do primeiro mandato de Getúlio Vargas.
Estava chegando ao fim o a hegemonia dos grandes proprietários das terras, o que estabelecia um processo de reorganização das forças políticas nacionais. Aproveitando esse momento de dúvida e criação de novos conceitos que o integralismo, representado pela Ação Integralista Brasileira, surgiu como uma das novas posições políticas que apareceram nesse período.
A Ação Integralista Brasileira (AIB) teve como principal líder Plínio Salgado. Seus integrantes eram totalmente contra as regalias e liberdades oferecidas pela Democracia Liberal. Por Plínio, essa liberdade desencadeava numa divergência de opiniões que poderiam causar problemas futuros.
Plínio Salgado
Com isso, a escolha por um poder centralizado num líder forte, capaz de conter as oposições e fazer com que a população se manifestasse de forma positiva quanto às colocações feitas pelo movimento foi tomada. A ideia era que todos tivessem em mente a importância de se fazer tudo para que a nação pudesse progredir.
Num dos pontos principais, os integralistas faziam grave oposição quanto aos movimentos de esquerda e condenavam o capitalismo financeiro. Quando foi inaugurado, o movimento conquistou o apoio de jovens, integrantes de diversas classes sociais e de uma pequena parte dos militares. Caracterizado principalmente pela hierarquia que era imposta no movimento, a AIB tinha em uma das suas grandes ocupações a criação e desenvolvimento de símbolos e rituais que viessem apresentar o movimento.
Com o braço levantado para frente, os membros do AIB utilizavam a expressão “Anauê” para se cumprimentarem. Essa expressão indígena estava relacionada à ideia de mobilização. Camisas verdes eram utilizadas nos movimentos, pois é a cor predominante da bandeira do Brasil e os seus membros utilizavam uma braçadeira que tinha a letra grega “sigma”, que na Matemática significa soma. Além disso, eram totalmente contra qualquer tipo de costume que pudesse ter ligação com alguma influência estrangeira.
Foto de Integralistas em Taquaritinga – SP, ao centro o Sr. Hipólito Nogueira Porto
Crédito da imagem: Família Nogueira Porto
A existência do movimento AIB se caracterizou pelas manifestações públicas feitas, com o claro intuito de divulgar as ideias que tinham. Em certas situações, chegaram a entrar em conflitos com integrantes de outros movimentos, como o dos operários e os comunistas. Mesmo contanto com toda a as organização, a Ação Integralista Brasileira não tinha força suficiente para desestabilizar ou estar ao lado dos grupos políticos que chegaram ao poder junto de Vargas.
Manifestações públicas, Ação Integralista Brasileira
Crédito da imagem: Família Nogueira Porto
Em 1937, os preparativos para o golpe que ficaria conhecido como Estado Novo atraiu diversos membros do integralismo. Com isso, eram constados por todos que o AIB ganharia mais destaque no cenário político nacional, com o fim das liberdades democráticas.
Entretanto, partindo pelo lado contrário, Getúlio Vargas incluiu o AIB na lista dos movimentos que eram ilegais. Com isso, o integralismo entrou em decadência, tendo o seu líder, Plínio Salgado, se exilado em Portugal, ficando por lá até 1945, onde acontece a redemocratização e ele retorna ao Brasil, funda um novo partido e tenta reavivar as ideias do AIB.
Leia também: