Principais fatores que contribuíram para a vinda da Família Real Portuguesa ao Brasil
No final do século XVIII e início do século XIX, Inglaterra e França queriam dominar a Europa. Inglaterra queria dominar economicamente a França. A França possuía grande poder militar comandado por Napoleão Bonaparte.
Napoleão para enfrentar a Inglaterra, tentou proibir que qualquer país tivesse com a Inglaterra uma relação comercial (Bloqueio Continental).
Portugal e Espanha possuíam laços comerciais, políticos e diplomáticos muito fortes e antigos com a Inglaterra. Napoleão decidiu oferecer o Portugal duas opções: atender a seu desejo ou ficar do lado da Inglaterra.
Portugal pressionado entre Napoleão (que estava disposto a destronar o Príncipe Regente D. João e invadir o país) e a Inglaterra antiga e leal aliada disposta a proteger Portugal (só se Portugal não cedesse às pressões de Napoleão).
Para evitar que a Família Real Portuguesa fosse aprisionada e obrigada a abdicar de seu reinado, D. João junto com seus Ministros decidiram embarcar para o Brasil e instalar o Governo Português no Rio de Janeiro.
No dia 23 de novembro de 1807, chegou a Lisboa a última notícia do jornal “Le Moniteur”, onde o imperador francês, Napoleão Bonaparte, anunciava que a família Bragança iria deixar de reinar em Portugal. Foram poucos dias para organizar tudo para a partida marcada para 27 de novembro, mas acabou acontecendo dia 29 de novembro pela manhã por causas de ventos contrários e chuvas fortes. As tropas francesas já marchavam sobre Portugal, mas quando chegaram a Lisboa, avistaram a frota já partindo em direção ao mar. É daí que vem o ditado: “ficou a ver navios”.
Principais medidas tomadas pela Família Real no Brasil com a sua chegada.
Em Salvador, D.João anunciou a abertura dos portos às nações amigas. Isto significava que outros países, além de Portugal, podiam vender e comprar produtos do Brasil.
Permissão para instalação de indústrias no Brasil. Instalação de uma Fábrica de Pólvora, inauguração da Gazeta do Rio de Janeiro (primeiro jornal do impresso no Brasil), criação do Jardim Botânico e do Banco do Brasil. Nos anos que seguiram, fundação da Biblioteca Real (atual Biblioteca Nacional). Inauguração do Real Theatro São João (atual Teatro João Caetano).
Criação da Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios e da Academia de Belas Artes.
Principais transformações ocorridas no Brasil
No Rio de Janeiro:
• Novas ruas foram abertas;
• Ruas antigas foram alargadas;
• Construíram chafarizes para o abastecimento de água;
• Construção de pontes e calçadas;
• Abriram-se estradas;
• Foi instalada iluminação pública;
• Foi feito o saneamento da cidade;
• Diversas melhorias na área da saúde, arquitetura, artes e costumes.
A criação de Academias, de um museu e um plano de ensino científico, literário e artístico que transformou os cenários, intelectual e educacional brasileiro.
A cidade do Rio de Janeiro, antes da chegada da corte, era muito precária. As casas eram bastante simples, com pouca mobília. As redes eram comuns, usadas como cadeira ou para dormir. As pessoas também se sentavam no chão, em esteiras ou estrados. Travesseiros e colchões eram desconhecidos, mesmo entre os mais ricos, e as roupas eram guardadas em arcas. A vida social da cidade também mudou. As atividades científicas, literárias e culturais, que já existiam, aumentaram. Novidades como confeitarias, bares, salões de jogos, relojoarias, livrarias e cabeleireiros surgiram pela cidade, mudando a aparência do Rio e de seus habitantes.
Com a abertura dos portos, surgem às louças vindas da Índia, Holanda e Portugal que passam a compor a mesa dos ricos, o povo continuou usando louça de barro, como potes, cuias, tigelas e moringas. Apesar do luxo das louças, tinha-se o costume de comer com as mãos, só os homens usavam faca, mulheres e crianças se serviam com os dedos.
BIBLIOGRAFIA
Visita ao Museu Histórico Nacional
Praça Marechal Âncora – Praça XV – RJ
Um Novo Mundo, Um Novo Império.
A Corte Portuguesa no Brasil
Portugal 1808 – 2008 Brasil
ESCOLA 23 DE ABRIL
RUA TRAIRI, 229 PRAÇA SECA – JACAREPAGUA – RJ
ALUNO: FILIPE BARRETO
6º ANO TURMA 601 PROFESSOR: MARCOS PAULO
Texto enviado às 15:03 – 31/08/2010
Autor: Fatima Barreto
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