A Febre de Lassa é uma doença que vem ganhando a atenção da mídia internacional por causa de seu potencial de mortalidade. A doença é considerada mortal e vem se espalhando pelo continente africano.
Segundo os médicos, não há cura para a Febre de Lassa. Essa doença hemorrágica e viral já foi registrada em vários países. No início de 2018, a patologia se manifestou como um surto mortal na Nigéria.
A febre de Lassa é responsável por uma das epidemias mais mortais da atualidade e o grande problema é que ainda não existem vacinas para controlar a doença.
Apesar de estar chamando a atenção do mundo agora, essa não é uma doença recente. Pelo contrário, ela já existe há muitos anos. O que ocorre neste momento é que, pela primeira vez na história, essa doença está se espalhando num surto rápido e sem precedentes.
A doença também é chamada de “febre hemorrágica viral”. As pessoas contaminadas podem ter vários órgãos e vasos sanguíneos afetados.
Em geral, os primeiros sintomas da doença são leves, como fraqueza, febre e dor de cabeça. Algumas pessoas também contraem a doença, mas não apresentam sintomas.
Crédito da foto: pulse.ng
Já nos casos graves, o avanço da doença é rápido, evoluindo para uma febre hemorrágica que pode levar à morte. Em alguns aspectos, a Febre de Lassa é semelhante ao Ebola, pois pode causar sangramento pela boca, pelo nariz e outras áreas do corpo.
Até o momento a doença se manteve controlada, com taxa de mortalidade de apenas 1%, mas, no início de 2018, a Febre de Lassa passou a preocupar. Na Nigéria, a taxa de mortalidade da doença já alcançou a marca de 20%. Mulheres que contraem a Febre de Lassa durante a gravidez têm até 80% de chances de sofrerem um aborto ou morrerem.
Entenda os números da Febre de Lassa
De janeiro de 2018 até agora, mais de 1000 casos suspeitos foram registrados na Nigéria. Até agora, foram registradas mais de 90 mortes.
De acordo com os médicos, o diagnóstico da doença é bastante difícil, já que, em fase inicial, a Febre de Lassa tem os mesmos sintomas que muitas doenças, como, por exemplo, dengue, febre amarela e malária. A doença é transmitida aos seres humanos pelo rato africano.
A história da Febre de Lassa
O primeiro caso de Febre de Lassa foi registrado na cidade nigeriana de Lassa, no ano de 1969. O caso aconteceu com um surto dentro de um hospital missionário. Por isso a doença recebeu este nome.
Ao longo das décadas, a doença já foi registrada em diversos países africanos, como Serra Leoa, Gana e Mali. No surto atual, as autoridades da Nigéria ainda tentam entender o que tem causado o aumento das contaminações.
Mapa da Distribuição do Surto da Febre de Lassa (Março de 2014). Crédito da imagem: cdc.gov
É possível que a propagação rápida da Febre de Lassa tenha relação com as condições climáticas, com a mudança de padrão do rato africano (hospedeiro do vírus) ou, até mesmo, com a mutação do vírus.
Crédito da foto: WHO / M. Hotowossi, K. Vewonyi. Pessoas capturando ratos para comer. O vírus da febre de Lassa é transmitido aos seres humanos a partir do contato direto com os ratos infectados.
A doença é transmitida pela urina, saliva e pelas fezes dos ratos, além de também ser transmitida de pessoa para pessoa. A incubação do vírus tem um tempo médio de 3 semanas.
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