Curiosidades Linguísticas
As curiosidades linguísticas são formas mais simples de aprendermos mais sobre a nossa língua portuguesa.
Ela é cheia de riquezas e pegadinhas. Continue lendo o texto abaixo para ver alguns dos 5 erros mais comuns cometidos no dia-a-dia.
1. “Demais” e “de mais”
Escreve-se demais, em uma só palavra, quando significa excessivamente: “Não convém comer demais.” Ou seja, quando se trata de muitíssimo e extremamente: “Ela é linda demais.”.
Grafa-se de mais, em duas palavras, que equivale a a mais, oposto de de menos:
“Não vejo nada de mais em sua resposta.”
“Meu Deus, um aleijado! E se tiver dedos de mais?”
2. Verbos do M.A.R.I.O.
Os verbos terminados em -iar, são conjugados como fatiar, por exemplo: eu fatio, você fatia, eles fatiam.
Os verbos do M.A.R.I.O., um nome composto com a letra inicial de cada um desses verbos: mediar (e intermediar), ansiar, remediar, incendiar e odiar, são irregulares nas formas em que a sílaba tônica é a do radical. Por exemplo: eu odeio, você incendeia, eles anseiam.
3. Em cima e embaixo
É uma confusão comum: qual deles é junto? Porque todos sabem que um deles é separado, composto por duas palavras.
Sem explicações que datem de outra era, vamos simplificar: Faça um V de vitória com os dedos indicador e médio. Fácil de ler, em cima os dedos ficam separados e embaixo ficam juntos. Certo?
4. Eu e tu não podem ser objeto da ação
Lembra-se da aula de português quando o professor ensinava: sujeito, verbo e complementos (e aí entram objetos direto e indireto)?
Simplificando, só pode haver uma conversa entre mim (correspondente a EU) e você (que seria TI ou VOCÊ, que é informal), ou entre você e mim. Caso contrário, não haverá conversa! Em resumo, EU e TU podemos ser apenas sujeitos.
5. Sujeito de verbo no infinitivo
É, parece simples e é, de verdade. Não pode haver contração de preposição com sujeito de verbo no infinitivo. Explico: “Chegou a hora de a onça beber água.” Não pode ser da porque existe o verbo beber, cujo sujeito é a onça. Outro exemplo: “Chegou a hora de essa gente bronzeada mostrar seu valor.” Essa gente é sujeito de mostrar. “Dessa gente” é uma licença poética.
Então, por exemplo: Chegou a hora dele. Não há nenhum verbo após dele, mas se tivesse? Chegou a hora de ele sair de casa. Percebe a diferença?