História

Política econômica do encilhamento

A política econômica do encilhamento vigorou no Brasil durante o período histórico chamado de República Velha. Essa política econômica foi adotada durante o governo provisório do Marechal Deodoro da Fonseca, primeiro presidente da República Brasileira.

Nesse momento histórico, em que o Brasil deixava de ser Monarquia para se tornar República, houve uma certa crise financeira. O dinheiro que circulava no país começou a faltar e era preciso encontrar uma solução para estabilizar a economia da república.

O governo decidiu promover, então, uma política de incentivo à emissão de papel moeda. O programa foi comandado pelo ministro da Fazenda, Rui Barbosa, e tinha o objetivo de colocar o dinheiro em circulação no país.

Para quem não sabe, o verbo “Encilhar” significa colocar a cilha (cinta) na cavalgadura, ou seja, prender a sela do cavalo. Era como se o Brasil estivesse se preparando para um novo momento econômico, onde o desenvolvimento da industrialização pedia a circulação de dinheiro para que o pagamento dos trabalhadores pudesse ser feito.

Durante a política do encilhamento, o Brasil foi dividido em três grandes regiões bancárias que estavam autorizadas a emitir dinheiro, tendo como garantia os títulos da dívida pública. Essa política, no entanto, acabou levando o país a emitir um volume de dinheiro maior do que era necessário. Com isso, houve a desvalorização de mil réis e um surto inflacionário.

Nessa situação, o governo viu sua política econômica fracassar e agravar ainda mais a crise brasileira. Muitas empresas e investidores foram à falência nessa época. Assim, o governo foi obrigado a aceitar o fracasso dessa política econômica.