Biologia

Clonagem

Primeiramente, pergunta-se o que é clone? Segundo o Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa (pág. 433, Enciclopédia Mirador , 2º edição, 1.976) interpreta-se que.: “s.m. Biol. conjunto da progênie ( linhagem), produzida assexualmente, de um indivíduo, quer naturalmente ( como os produtos de fissão – ruptura de um núcleo acompanhado de liberação de grande parte de energia – repetidas de um protozoário), quer vegetativamente ( como na propagação de determinada planta por gemação – época de desenvolvimento das gemas, na qual está a vesícula germinativa que dará origem ao novo ser – ou mudas através de muitas gerações)”.

Uma maneira mais clara, é a reprodução assexuada que, por sua vez, ocorrem em seres vivos compostos de uma única célula, como por exemplo, as bactérias.

Porém, algumas plantas se reproduzem assexualmente, através de suas mudas ( pelos caules, raízes, folhas etc ), trazendo como exemplo, as violetas.

Clonagem Humana
Clonagem Humana, portanto, é a reprodução assexuada (células somáticas) em mamíferos. Em seres humanos. É “criar” “seres idênticos fisicamente”.

Ele “criaria” seres idênticos, isto é, possuidores do mesmo genoma.

Usaríamos, por exemplo, células de uma mulher para criar uma mulher, ou, células de um homem para criar um homem.

Breve histórico da Clonagem
Breve histórico da Clonagem: A palavra clone origina-se do grego “Klón”, que significa broto ( broto de um vegetal ), presumindo, portanto, a existência de um indivíduo gerador e a ocorrência de reprodução assexuada.

Em 1.952 foi realizada a primeira experiência de clonagem com girinos à partir de núcleos de células somáticas, sendo que, nesta experiência, todos morreram antes de amadurecerem.

Após dez anos, no Reino Unido, foi tentado o mesmo procedimento, obtendo, por assim, células de um sapo adulto, nascendo girinos que também morreram antes de atingir a fase adulta.

Em 1.970, houve pesquisas com embriões de ratos, e, 1.979, com ovelhas.

Na Universidade de Genebra, no ano de 1.981, houve o anúncio da clonagem de ratos à partir de células embrionárias.

No final de 1.993, a expressão “clonagem humana” surgiu com maior intensidade, sendo que, no Brasil, já estava sendo feito a segmentação de embriões de gado bovino, com sucesso, há pelo menos dez anos.

A clonagem vem se desenvolvendo de forma avassaladora as vistas da sociedade.

Noticiada a clonagem da ovelha Dolly, em 1.997, pelos cientistas Ian Wilmut e Kuth Campbel, começou a corrida à clonagem humana – ao primeiro bebê clonado, principalmente com a entrevista de Panayiotis Zavos, cientista do Instituto de Andrologia da América – E.U.A., notícias estas, auferidas em vários periódicos, jornais, sites.

A Universidade de Honolulo ( Havaí – E.U.A. ), divulgou o desenvolvimento de três gerações de ratos clonados, em 1.998, sendo que foi possível fazer clones de clones, alegando serem animais saudáveis e reprodutíveis.

Esta técnica é conhecida como a “técnica de Honolulo”, diferenciada da técnica utilizada para a clonagem da ovelha “Dolly”, sendo criada por eletrofusão de células adultas, e, a porcentagem de “sucesso”, na ordem de 3% ( no caso da ovelha “Dolly” 0,44% ).

É obtida através de célula doadora diferente da “Dolly”; é obtida através de células denominadas “cumulus”, que envolvem os ovos situados no interior dos ovários, que repetido, foi produzido as segundas e terceiras gerações geneticamente idênticas aos irmãos, pais, avôs e bisavôs.

Mas, o governo da Grã Bretanha, anunciou parecer favorável à clonagens com fins terapêuticos, através da remoção de qualquer célula do corpo do doente. O DNA dessa célula seria removido e inserido no interior de uma célula – ovo do qual previamente se retirou o material genético. As células resultantes seriam geneticamente idênticas às do doador e, após outras etapas, aplicadas no mesmo paciente, com probabilidade ínfima de rejeição.

A empresa PPL Therapeutics ( a mesma que clonou a ovelha “Dolly” ), anunciou em 23.01.2.001, que tornou uma célula de pele de vaca em célula do coração, o avanço para as doenças degenerativas.

E, por assim, vem a “corrida” a tão almejada clonagem, seja ela a assexuada ou com fins terapêuticos, pretendendo com este estudo, um melhor discernimento, uma vez que a comunidade científica se manifesta no sentido de que a produção de clones será realizada, mesmo não sendo viável nas condições científicas que se encontram.

A “Receita da Clonagem Humana”.: Alegam ser necessários obter 2.000 óvulos para engravidar 200 mulheres.

Apenas 30 conseguirão manter a gravidez, mas, somente 8 darão a luz e, 05 bebes apresentarão problemas tão graves de saúde que deverão morrer ou serem submetidos a eutanásia, finalizando com apenas 3 bebes sadios, que poderão chegar ao berçário.

E, não se sabendo destes 03, quais serão suas condições físicas ( se terão as mesmas doenças que os doadores, por ex. ).

Então indagamos, o por que da clonagem humana?

* Curiosidade científica ou vaidade do cientista?

* Possuirmos um reservatório de nossos próprios órgão? Caso fiquemos doente?

* Sermos eternos, imutáveis?

Dentre tantos questionamentos, aos fatos acima descritos e debatidos, é viável a clonagem humana?

Clonagem Terapêutica
É a clonagem sem fins reprodutivos.

O que temos de diferente da clonagem humana é que, antes de começar a divisão e houver diversificação para formas os tecidos, as células do embrião, são diferenciadas.

A “Receita da Clonagem Terapêutica”: A mesma técnica da clonagem humana, com apenas uma diferenciação, após os óvulos com os novos genes serem colocados num meio que os estimula a multiplicação, antes, de se diferenciarem para a formação do corpo humano, são induzidas a se transformarem em tecidos específicos e, depois, injetadas para substituição de células doentes dos órgãos ( por ex. do fígado; coração; neurônios, etc ) e por conseguinte, suas regenerações.

Células Tronco
São as células que se reproduzem, que se renovam, produzindo apenas uma célula diferenciada, as demais, são idênticas de onde tiradas.

Colocando-se estas células em culturas próprias, elas poderão formar, pele, fígado, coração, etc da pessoa “dona” desta célula.

Aqui, ao invés de “criar-se” seres humanos, “cria-se” órgãos danificados da pessoa que doou a célula.

Tratamentos poderão surgir as seguintes doenças.:

* Doenças neuro-degenerativas.

* Mal de Huntington.

* Mal de Alzheimer.

* Mal de Parkinson.

* Paralisia.

* Enfarte.

* Cirrose

* Hepatite.

* Diabetes.

* Queimaduras.

* Artrites.

* Osseoartrite.

* Transplantes.

Sabemos que é grande o risco de rejeição de um transplante o que, com esta técnica, não ocorreria, pois o paciente estaria recebendo injeções de suas próprias células para regenerar seu próprio órgão que está danificado.

Pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e Texas Heart Institute, que fazem a experiência com células-tronco em paciente cardíacos, na Folha on line, datada de 01/05/2002, foi noticiado que o Brasil está tendo grande sucesso com esta experiência .

Sucesso este, que também começou a corrida a pacientes com o Mal de Chagas, pela Fiocruz, na Bahia, no mês de maio de 2.002.

A diferenciação da clonagem terapêutica e células tronco é que, a primeira, criaria embriões, enquanto que as células tronco ocorre a auto regeneração, não necessitando de embriões para possuí-la nem ocorrerá rejeição do órgão lesado, uma vez que esta célula pertence ao próprio paciente.